Elas não possuem patas nem garras, e mesmo assim são exímias caçadoras. Afinal, quem precisa dos atributos físicos de um leão quando se tem um corpo musculoso capaz de constringir a vítima até a morte e, em 15% dos casos, inocular nela venenos terríveis?
Características dos gêneros de serpentes peçonhentas no Brasil
Fosseta loreal presente
A fosseta loreal, órgão sensorial termorreceptor, é um orifício situado entre o olho e a narina, . Indica com segurança que a serpente é peçonhenta e é encontrada nos gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis.
Todas as serpentes destes gêneros são providas de dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis situados na porção anterior do maxilar
A fosseta loreal, órgão sensorial termorreceptor, é um orifício situado entre o olho e a narina, . Indica com segurança que a serpente é peçonhenta e é encontrada nos gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis.
Todas as serpentes destes gêneros são providas de dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis situados na porção anterior do maxilar
E as que não apresentam a fosseta loreal
As serpentes do gênero Micrurus não apresentam fosseta loreal (fig. 4) e possuem dentes inoculadores pouco desenvolvidos e fixos na região anterior da boca
Distinção entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas (Fluxograma)
Tipos básicos de veneno
O veneno pode possuir duas ou mais ações diferentes. A toxina da cascavel, por exemplo, apresenta ações miotóxicas (relacionadas aos músculos) e neurotóxicas (relativas aos nervos). A seguir, as três categorias básicas que um veneno pode apresentar.
As citotoxinas (toxinas que agem sobre as células) constituem a forma mais primitiva de veneno encontrada nas serpentes nos dias de hoje. Mas um método antigo de ação não significa necessariamente ineficácia. A atividade citotóxica ocorre geralmente no local da ferida e tem como característica iniciar a digestão dos tecidos antes mesmo de a presa ser engolida. Esse tipo de veneno destrói as membranas das células, especialmente as musculares, resultando na morte rápida dos tecidos.
As hemotoxinas agem de duas formas diferentes. Na primeira, atacam as células vermelhas do sangue e acabam destruindo também as veias. Assim, a vítima morre de hemorragias internas e externas. Um veneno que possui essas propriedades é o da jararaca. Outro tipo de ação das hemotoxinas é precipitar a coagulação do sangue, de modo que o líquido não consiga passar pelas veias e artérias, ocasionando a parada do fluxo sangüíneo. Uma serpente cuja toxina causa esse tipo de efeito é a víborado- gabão, da África.
As neurotoxinas, por sua vez, afetam o sistema nervoso tanto bloqueando os impulsos nervosos - paralisando a presa, que sofre parada respiratória - quanto aumentando-os, de modo a levá-lo ao colapso. Este último efeito pode causar ataques epilépticos quando todos os músculos se contraem ao mesmo tempo, seguidos de morte. As toxinas que agem no sistema nervoso têm efeito muito rápido. Esse tipo de veneno é encontrado nas cascavéis e nas corais.
Serpentes de importância médica
No Brasil, a fauna ofídica de interesse médico está representada pelos gêneros:
- Bothrops (incluindo Bothriopsis e Porthidium)*
- Crotalus
- Lachesis
- Micrurus
- e por alguns da Família Colubridae**
- Bothrops (incluindo Bothriopsis e Porthidium)*
- Crotalus
- Lachesis
- Micrurus
- e por alguns da Família Colubridae**