Comportamento Felino: Desmistificando os Mistérios dos Gatos

Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


Título:
Comportamento Felino: Desmistificando os Mistérios dos Gatos

Autor:
Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior, CRMV-SP 23098


Resumo

O comportamento felino, por muito tempo envolto em mitos e interpretações equivocadas, tem ganhado crescente atenção na medicina veterinária e etologia. Este artigo busca compreender e esclarecer os principais aspectos comportamentais dos gatos domésticos (Felis catus), analisando suas interações sociais, comunicação, instintos naturais e adaptações ao ambiente doméstico. Através de revisão bibliográfica e observação clínica, desmistificam-se comportamentos frequentemente interpretados como distantes, agressivos ou aleatórios, promovendo uma melhor convivência entre tutores e felinos. A abordagem correta do comportamento felino é essencial para o bem-estar animal e prevenção de distúrbios comportamentais.

Palavras-chave: comportamento felino, etologia, gatos, bem-estar animal, comunicação felina





1. Introdução

Os gatos domésticos são animais fascinantes que dividem lares humanos há milhares de anos. Embora amplamente populares como animais de companhia, seu comportamento ainda é cercado de mitos e mal-entendidos. Comumente considerados solitários ou imprevisíveis, os gatos apresentam um repertório comportamental complexo, com base em sua evolução, instintos de caça e mecanismos de comunicação sutis. Este artigo visa desmistificar tais comportamentos e contribuir para uma compreensão científica e empática dos felinos.



2. Aspectos Evolutivos do Comportamento Felino

O Felis catus descende do gato selvagem africano (Felis lybica), espécie solitária e territorial. A domesticação ocorreu de forma diferente da dos cães, sendo mais baseada na aproximação voluntária dos gatos aos humanos, especialmente em locais com oferta de alimento. Isso explica traços comportamentais ainda presentes, como a necessidade de controle do território, caça mesmo em gatos alimentados, e certa independência nas interações sociais.



3. Comunicação e Linguagem Corporal

Os gatos se comunicam por meio de uma combinação de vocalizações, posturas corporais, expressões faciais e feromônios. O miado, embora não comum entre gatos selvagens adultos, é utilizado pelos domésticos especialmente para interagir com humanos. Outras vocalizações incluem ronronar, sibilar e grunhir, cada uma com funções distintas.

A linguagem corporal é um dos principais meios de comunicação felina: cauda ereta indica boas intenções, orelhas para trás ou pupilas dilatadas podem sinalizar medo ou agressividade. O uso de feromônios para marcação territorial (como o esfregar da cabeça) também é vital para seu bem-estar e orientação no ambiente.



4. Comportamentos Naturais e Ambientação Doméstica

Entre os comportamentos naturais mais comuns estão:

  • Caça: Mesmo gatos bem alimentados mantêm o comportamento de caça como instinto natural.

  • Afastamento e descanso: Gatos dormem até 16 horas por dia, muitas vezes em locais altos e seguros.

  • Arranhadura: Usada para demarcar território e afiar unhas.

  • Enterrar fezes: Prática herdada de felinos selvagens para evitar atrair predadores ou competidores.

No ambiente doméstico, é fundamental oferecer estímulos físicos e mentais, como brinquedos, arranhadores, locais para escalar e esconderijos. A ausência de tais recursos pode resultar em estresse, agressividade, micção inadequada ou apatia.



5. Mitos Comuns e Interpretações Errôneas

Alguns dos principais mitos incluem:

  • Gatos são falsos”: Na verdade, gatos apenas demonstram afeto de formas diferentes, com sutileza.

  • Gatos não gostam de pessoas”: Muitos gatos criam fortes laços afetivos com seus tutores.

  • Gatos fazem xixi fora da caixa por vingança”: Problemas de micção geralmente indicam estresse, doença urinária ou aversão à caixa de areia.

Esses equívocos podem gerar abandono ou maus-tratos. A educação dos tutores é essencial para garantir uma convivência harmoniosa.



6. Considerações Finais

A compreensão científica do comportamento felino é fundamental para a promoção do bem-estar animal e para a prevenção de problemas de convivência. A desmistificação dos comportamentos dos gatos permite aos tutores uma convivência mais empática e ajustada às necessidades naturais da espécie. Recomenda-se que médicos-veterinários orientem seus clientes sobre comportamento e ambiente, utilizando sempre abordagens baseadas em reforço positivo e respeito ao etograma felino.



Referências Bibliográficas

  • Bradshaw, J. W. S. (2013). Cat Sense: How the New Feline Science Can Make You a Better Friend to Your Pet. Basic Books.

  • Landsberg, G., Hunthausen, W., Ackerman, L. (2012). Behavior Problems of the Dog and Cat. Saunders Elsevier.

  • Overall, K. L. (2013). Manual of Clinical Behavioral Medicine for Dogs and Cats. Elsevier Health Sciences.

  • Ellis, S. L. H., et al. (2015). The importance of cat-friendly environments. Journal of Feline Medicine and Surgery, 17(9), 760–772.

  • Yin, S. (2009). Low Stress Handling, Restraint and Behavior Modification of Dogs & Cats. CattleDog Publishing.


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Hérnia de Hiato em Cães e Gatos: Revisão e Abordagem Clínica

Hérnia de Hiato em Cães e Gatos: Revisão Clínica Completa | Doutor dos Animais, Dr. Roque Antônio de Almeida Junior

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Hérnia de Hiato em Cães e Gatos: Revisão e Abordagem Clínica

Autor: Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior, CRMV 23098
Afiliado: www.doutordosanimais.com.br


Resumo

A hérnia de hiato é uma condição rara em cães e gatos, caracterizada pelo deslocamento de parte do estômago através do hiato esofágico do diafragma para o tórax. Embora incomum, essa afecção pode causar sinais clínicos gastrointestinais significativos, como regurgitação, vômitos e disfagia. Este artigo visa revisar a fisiopatologia, classificação, sinais clínicos, diagnóstico e opções terapêuticas da hérnia de hiato em pequenos animais, com base em literatura científica atualizada e casos clínicos relatados. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, seja clínico ou cirúrgico, são essenciais para o prognóstico positivo.

Palavras-chave: hérnia hiatal, cães, gatos, gastroenterologia veterinária, regurgitação, diagnóstico por imagem.




1. Introdução

A hérnia de hiato consiste no deslocamento de parte do estômago para o interior da cavidade torácica por meio do hiato esofágico, normalmente reservado para a passagem do esôfago. Embora mais comum em humanos, essa condição também pode afetar cães e, mais raramente, gatos. O conhecimento desta patologia é fundamental para clínicos e cirurgiões veterinários, dada a sua associação com refluxo gastroesofágico e complicações respiratórias.



2. Revisão de Literatura

2.1 Definição e Classificação

De acordo com Evans & de Lahunta (2013), a hérnia de hiato pode ser classificada em quatro tipos:

  • Tipo I (deslizante): parte do esôfago abdominal e do cárdia do estômago se deslocam para o tórax.

  • Tipo II (paraesofágica): a cárdia permanece no lugar, mas o fundo gástrico hernia ao lado do esôfago.

  • Tipo III (mista): combinação dos tipos I e II.

  • Tipo IV: presença de outros órgãos, como cólon ou baço, também herniando pelo hiato.

2.2 Fisiopatologia

O enfraquecimento das estruturas que compõem o hiato diafragmático, associado a fatores congênitos ou adquiridos (traumas, aumento da pressão intra-abdominal), permite o deslocamento do estômago. Isso compromete o funcionamento do esfíncter esofágico inferior, favorecendo o refluxo ácido e lesões esofágicas.

2.3 Predisposição Racial

Algumas raças braquicefálicas como Bulldog Inglês, Pug e Shih Tzu apresentam predisposição à hérnia de hiato devido à pressão negativa torácica exacerbada pela síndrome braquicefálica. Em gatos, relatos são raros, mas podem ocorrer em Persas.



3. Materiais e Métodos (Base Teórica)

Este trabalho foi baseado em uma revisão integrativa da literatura, com busca nas bases de dados PubMed, Scielo, ScienceDirect e VIN (Veterinary Information Network), com artigos publicados entre 2000 e 2024. Foram incluídos artigos originais, revisões sistemáticas e relatos de caso sobre hérnia de hiato em cães e gatos, usando os descritores: “hiatal hernia”, “dogs”, “cats”, “gastroesophageal reflux”, “veterinary gastroenterology”.



4. Discussão

4.1 Sinais Clínicos

  • Regurgitação crônica

  • Disfagia

  • Vômito pós-prandial

  • Perda de peso

  • Salivação excessiva

  • Tosse e sinais respiratórios (aspiração)

Em casos graves, pode ocorrer pneumonia por aspiração, exigindo tratamento intensivo.

4.2 Diagnóstico

O exame radiográfico torácico com contraste (esofagograma) é fundamental, mas a endoscopia digestiva alta é considerada padrão ouro para visualização direta do refluxo e presença da hérnia. A fluoroscopia também pode ser utilizada para avaliação dinâmica do esôfago.

4.3 Tratamento

Conservador (casos leves):

  • Inibidores de bomba de prótons (omeprazol)

  • Procinéticos (metoclopramida, cisaprida)

  • Dietas fracionadas e elevadas

  • Evitar exercícios após alimentação

Cirúrgico (casos moderados a graves):

  • Herniorrafia hiatal

  • Gastropexia (fixação do estômago)

  • Esofagopexia (fixação do esôfago ao diafragma)

A escolha depende da gravidade clínica, tamanho da hérnia e resposta ao tratamento conservador.



5. Conclusão

A hérnia de hiato em cães e gatos, apesar de rara, deve ser considerada em pacientes com regurgitação persistente e sinais gastrointestinais altos. A suspeita clínica, aliada a exames de imagem e endoscopia, permite o diagnóstico preciso. O tratamento adequado, especialmente quando realizado precocemente, pode oferecer prognóstico favorável. O conhecimento desta condição é essencial para a atuação eficaz do clínico geral e do gastroenterologista veterinário.



6. Referências

  • EVANS, H.E.; DE LAHUNTA, A. Miller’s Anatomy of the Dog. 4ª ed. Elsevier, 2013.

  • HALL, E.J. et al. Gastrointestinal diseases. In: Ettinger, S.J., Feldman, E.C. Textbook of Veterinary Internal Medicine, 8th ed. Elsevier, 2017.

  • STONE, E.A.; WITHROW, S.J. Small Animal Surgical Oncology. Saunders, 2020.

  • KIMMEL, S.E. et al. Hiatal hernia in dogs and cats: a retrospective study. J Am Anim Hosp Assoc, 2000.

  • VIN – Veterinary Information Network. Acesso em abril de 2025.



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🐶 Guia Completo de Vacinação para Cães: Dos Filhotes aos Idosos

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🐶 Guia Completo de Vacinação para Cães: Dos Filhotes aos Idosos

A vacinação é uma das etapas mais importantes na vida de um cão. Ela protege contra doenças graves, muitas vezes fatais, e contribui para a saúde coletiva dos animais e até dos humanos. Neste guia completo, você vai entender quais vacinas seu cão precisa em cada fase da vida, os tipos de vacina, o cronograma ideal, além de dicas para manter a carteirinha em dia.




📌 Por que vacinar seu cão?

As vacinas estimulam o sistema imunológico do cão a produzir defesas contra vírus e bactérias. Mesmo que o animal nunca tenha contato direto com outros cães, ele pode se contaminar por meio de ambientes, objetos ou pessoas contaminadas. Além disso:

  • Evita doenças contagiosas e muitas vezes letais.

  • Reduz surtos de zoonoses (doenças transmitidas de animais para humanos).

  • Prolonga a vida e qualidade de vida do cão.

  • É exigido por hotéis, creches e viagens internacionais.


🐾 Vacinação para Filhotes (de 6 semanas a 6 meses)

Início ideal: a partir de 6 semanas de vida.

Idade do Filhote Vacina Descrição
6-8 semanas V8 ou V10 (1ª dose) Protege contra cinomose, parvovirose, hepatite, leptospirose, entre outras.
9-11 semanas V8 ou V10 (2ª dose) Reforço necessário para efetividade da imunização.
12-14 semanas V8 ou V10 (3ª dose) Último reforço do protocolo inicial.
A partir de 12 semanas Antirrábica Obrigatória por lei; protege contra a raiva.
Após 14 semanas Giárdia e Tosse dos Canis (opcional) Recomendadas para cães com risco ou que convivem com outros animais.

📌 Dica: O filhote só deve sair na rua ou ter contato com outros cães após concluir a última dose da V8/V10 e da antirrábica.


🐕 Vacinação para Cães Adultos (de 6 meses a 7 anos)

Depois de completar o protocolo inicial, o cão entra na fase de reforços anuais.

Frequência Vacina Observação
Anual V8 ou V10 Proteção contínua contra as principais viroses.
Anual Antirrábica Pode ser feita em campanhas públicas ou clínicas privadas.
Anual Tosse dos Canis (BronchiGuard ou Pneumodog) Recomendado para cães que frequentam hotéis, pet shops, creches.
Semestral a Anual Vacina contra Giárdia Importante para ambientes com muitos cães ou água contaminada.
Avaliação individual Leishmaniose (Leish-Tec) Indicada em regiões endêmicas. Requer sorologia prévia.

🧓 Vacinação para Cães Idosos (a partir dos 7 anos)

Cães idosos podem ter resposta imune mais lenta e, por isso, os reforços continuam sendo importantes.

Frequência Vacina Observação
Anual V8 ou V10 Avaliar o estado de saúde antes de aplicar.
Anual Antirrábica Continua sendo obrigatória.
Opcional Tosse dos Canis, Giárdia, Leishmaniose Conforme estilo de vida e saúde geral do cão.

⚠️ Atenção: cães idosos com comorbidades (diabetes, doenças cardíacas, renais) devem ser avaliados por um veterinário antes de serem vacinados.


💉 Tipos de Vacinas: Entenda as Diferenças

  • Vacinas Polivalentes (V6, V8, V10):

    • A V8 e a V10 são as mais comuns no Brasil.

    • A V10 protege contra mais sorovares da leptospirose do que a V8.

  • Vacinas Essenciais (core):

    • V8/V10 e antirrábica.

    • São obrigatórias para todos os cães, independentemente do estilo de vida.

  • Vacinas Não-Essenciais (non-core):

    • Tosse dos canis, giárdia, leishmaniose.

    • Indicadas conforme exposição e região geográfica.

  • Vacinas Importadas vs Nacionais:

    • As importadas geralmente têm maior eficácia e menor risco de reações adversas, mas custam mais.


📘 Carteirinha de Vacinação

A carteirinha é o documento oficial de controle vacinal do seu cão. Nela devem constar:

  • Nome e número do lote das vacinas.

  • Data da aplicação e próxima dose.

  • Nome e assinatura do médico veterinário.

  • Selo do fabricante da vacina.

💡 Mantenha a carteirinha atualizada: ela pode ser exigida em viagens, hospedagens e consultas.


🩺 Quando Evitar Vacinar?

  • Cães doentes, com febre ou diarreia.

  • Durante tratamento com corticoides ou quimioterapia.

  • Fêmeas prenhas (a menos que o veterinário recomende).

  • Animais muito debilitados ou com idade muito avançada (caso a caso).


✅ Dicas Finais

  • Sempre vacine seu cão com um médico veterinário.

  • Evite vacinas aplicadas em pet shops sem acompanhamento profissional.

  • Após a vacinação, observe seu cão por 24 a 48 horas para detectar possíveis reações.

  • Reações leves como sonolência e dor local são normais. Febre alta, vômito ou inchaços exigem retorno ao veterinário.


🐕💉 Conclusão

Vacinar seu cão é um ato de amor e responsabilidade. Com o calendário em dia, você protege não só a saúde do seu amigo de quatro patas, mas também a de toda a comunidade. Independentemente da idade, sempre haverá uma vacina indicada para manter seu pet seguro.


  Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊


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As 10 Doenças Mais Comuns em Cães e Gatos e Como Preveni-las | Dr. Roque Antônio de Almeida Junior

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🐾 As 10 Doenças Mais Comuns em Cães e Gatos e Como Preveni-las 

Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

A saúde dos pets é uma das maiores preocupações dos tutores responsáveis. Assim como os humanos, cães e gatos também podem sofrer com diversas doenças ao longo da vida. Algumas delas são evitáveis com cuidados simples, como vacinação, higiene e visitas regulares ao veterinário. Confira a seguir as 10 doenças mais comuns em cães e gatos e como preveni-las.

                                                


🐶 Cães

1. Cinomose

  • O que é: Vírus altamente contagioso que afeta o sistema respiratório, gastrointestinal e nervoso.

  • Prevenção: Vacinação obrigatória (V8 ou V10) a partir de 6 semanas de vida. Evitar contato com animais não vacinados.

2. Parvovirose

  • O que é: Doença viral grave que causa vômitos e diarreia severa.

  • Prevenção: Vacinação precoce e reforços anuais. Evitar locais públicos antes da vacinação completa.

3. Otite

  • O que é: Inflamação do ouvido, geralmente causada por bactérias, fungos ou ácaros.

  • Prevenção: Limpeza regular das orelhas, manter o ouvido seco e visitas regulares ao veterinário.

4. Leptospirose

  • O que é: Doença bacteriana transmitida pela urina de ratos e água contaminada.

  • Prevenção: Vacinação anual e evitar contato com águas paradas.

5. Verminoses

  • O que é: Infestação por vermes intestinais que podem causar anemia, vômitos e fraqueza.

  • Prevenção: Vermifugação periódica conforme orientação veterinária.



🐱 Gatos

6. Doença Renal Crônica

  • O que é: Degeneração progressiva dos rins, comum em gatos idosos.

  • Prevenção: Alimentação balanceada, hidratação adequada e check-ups regulares com exames de sangue e urina.

7. FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina)

  • O que é: Semelhante ao HIV humano, afeta o sistema imunológico.

  • Prevenção: Evitar brigas entre gatos (transmissão por mordidas) e manter gatos dentro de casa.

8. FeLV (Leucemia Viral Felina)

  • O que é: Vírus que compromete o sistema imunológico e pode levar a câncer.

  • Prevenção: Vacinação, evitar contato com gatos infectados e manter o pet em ambiente seguro.

9. Toxoplasmose

  • O que é: Infecção causada por protozoário, pode afetar também humanos.

  • Prevenção: Higiene na caixa de areia, alimentação com ração de qualidade (evitar carnes cruas).

10. Pulgas e Carrapatos

  • O que é: Parasitas externos que causam coceira, alergias e podem transmitir doenças.

  • Prevenção: Uso regular de antipulgas e carrapaticidas, limpeza do ambiente e escovação frequente.


🩺 Dicas Gerais de Prevenção

  • Mantenha a carteira de vacinação atualizada.

  • Realize consultas veterinárias periódicas (pelo menos uma vez ao ano).

  • Ofereça alimentação de qualidade.

  • Promova atividades físicas e mentais.

  • Evite contato com animais doentes ou desconhecidos.


Cuidar da saúde dos seus pets é um ato de amor que garante uma vida longa e feliz ao lado deles. Prevenir é sempre o melhor remédio!



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As 10 Doenças Mais Comuns em Cães e Gatos e Como Preveni-las | Dr. Roque Antônio de Almeida Junior Médico Veterinário Mogi das Cruzes
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Adenocarcinoma Ceruminoso Canino: Revisão Atualizada da Abordagem Diagnóstica e Terapêutica

 Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


Adenocarcinoma Ceruminoso Canino: Revisão Atualizada da Abordagem Diagnóstica e Terapêutica

Roque Antônio de Almeida Júnior, CRMV-SP 23098
Médico Veterinário – Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais


Resumo

O adenocarcinoma ceruminoso é uma neoplasia maligna originada das glândulas apócrinas modificadas do conduto auditivo externo canino. Embora raro, representa o tumor maligno mais comum do canal auditivo externo. O presente artigo revisa aspectos clínicos, histológicos e terapêuticos, com ênfase no estadiamento, diagnóstico diferencial, técnicas cirúrgicas e prognóstico. A exérese cirúrgica ampla com ablação total do conduto auditivo (TECA) associada à osteotomia da bulla timpânica é o tratamento de escolha, especialmente em casos com otite média ou invasão óssea.





1. Introdução

As glândulas ceruminosas, localizadas na porção cartilaginosa do canal auditivo, são glândulas sudoríparas apócrinas modificadas. Seu produto, o cerúmen, atua na defesa do canal auditivo. O adenocarcinoma ceruminoso representa a malignização de sua proliferação celular, muitas vezes precedida de otite externa crônica.


2. Epidemiologia e Fatores de Risco

Acomete principalmente cães de meia-idade a idosos (média de 9 a 12 anos), sem predileção sexual definida. Cocker Spaniels e Poodles são frequentemente afetados. Otite crônica é o principal fator predisponente.


3. Quadro Clínico

Os sinais clínicos são muitas vezes confundidos com otites recidivantes. São eles:

  • Otorreia fétida e ceruminosa

  • Dor à manipulação

  • Presença de massa visível

  • Prurido e eritema

  • Síndrome vestibular periférica (avançado)

  • Linfadenomegalia regional


4. Diagnóstico

4.1 Otoscopia

Visualização direta de massa, inflamação e secreção.

4.2 Imagem

  • TC de crânio: mostra invasão óssea e extensão do tumor

  • RM: útil para invasão intracraniana e avaliação de tecidos moles

  • Radiografias: limitadas, mas podem indicar osteólise

4.3 Citologia e Histopatologia

  • A citologia aspirativa raramente é conclusiva.

  • A biópsia incisional é indicada para histopatologia com HE e imuno-histoquímica (CK7+, CK14+).

  • Características histológicas:

    • Células epiteliais com pleomorfismo

    • Núcleos hipercromáticos, figuras mitóticas frequentes

    • Infiltração de tecidos adjacentes

    • Estruturas tubulares, papilares ou sólidas

Imagem Histológica (HE)

Descrição visual: epitélio glandular formando arranjos acinares irregulares, com estroma colagenoso e inflamação peritumoral. 


5. Estadiamento e Prognóstico

  • Avaliação de linfonodos regionais (citologia ou biópsia)

  • TC torácica para rastreio de metástase (rara)

  • Prognóstico reservado, com alto índice de recidiva local


6. Diagnóstico Diferencial

  • Adenoma ceruminoso

  • Hiperplasia glandular benigna

  • Carcinoma de células escamosas

  • Papilomas

  • Otite granulomatosa


7. Tratamento

7.1 Cirurgia: Protocolo TECA-LBO

Indicação

  • Tumores com invasão profunda

  • Otite média associada

  • Falha de exérese local

Passo a passo cirúrgico

  1. Anestesia geral e antibiótico profilático (cefalosporina de 1ª geração)

  2. Posicionamento lateral do cão

  3. Incisão em forma de “Y” retroauricular

  4. Dissecção do conduto auditivo até a cartilagem anular

  5. Ligadura da artéria auricular posterior

  6. Ressecção total do conduto auditivo externo

  7. Abertura da bulla timpânica com curetagem do epitélio interno

  8. Lavagem com solução salina estéril

  9. Fechamento em camadas com dreno de Penrose, se necessário

  10. Pós-operatório com AINEs e antibióticos

7.2 Radioterapia

Adjuvante nos casos com margens não-limpas

7.3 Quimioterapia

Considerada apenas para metástase

  • Doxorrubicina (30 mg/m² IV a cada 3 semanas)

  • Carboplatina (300 mg/m² IV a cada 3 semanas)


8. Considerações Finais

O adenocarcinoma ceruminoso em cães é uma entidade clínica que exige alto grau de suspeição. Sua semelhança com otites comuns pode atrasar o diagnóstico. A abordagem cirúrgica radical é, até o momento, a opção mais eficaz para o controle local da doença.


Referências

  1. Meuten DJ. Tumors in Domestic Animals. 5th ed. Wiley-Blackwell; 2017.

  2. Gross TL et al. Skin Diseases of the Dog and Cat. Clinical and Histopathologic Diagnosis. 2nd ed. Blackwell Publishing; 2005.

  3. Lamb CR. Imaging ear disease in small animals. Vet Radiol Ultrasound. 1996;37(1):4-11.

  4. Platt SR et al. Brain and spinal cord neoplasia in dogs. Vet Clin North Am Small Anim Pract. 2004;34(1):129-50.

  5. Thompson DJ et al. Ceruminous gland tumors in 17 dogs. Vet Pathol. 2004;41(2):123–126.


Leia Também :

Relato de Caso Clínico: Tumor de Glândula Ceruminosa (Adenocarcinoma) em Cão


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Adenocarcinoma Ceruminoso em Cães: Diagnóstico, Tratamento e Prognóstico Veterinário
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Hemotórax em Cães e Gatos: O Que É, Sinais de Alerta e Quando Procurar o Veterinário

 Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

Hemotórax em Cães e Gatos: O Que É, Sinais de Alerta e Quando Procurar o Veterinário

Você já ouviu falar em hemotórax? Esse nome pode parecer estranho, mas representa uma emergência grave que pode colocar a vida do seu pet em risco. Saber reconhecer os sinais e agir rápido pode fazer toda a diferença.

                                                     Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


🩸 O que é Hemotórax?

O hemotórax é o acúmulo de sangue dentro do tórax, mais especificamente na cavidade pleural, onde ficam os pulmões. Esse acúmulo de sangue atrapalha a respiração do animal e pode levá-lo rapidamente à insuficiência respiratória.

Entre as principais causas estão:

  • Acidentes (como atropelamentos ou quedas)

  • Tumores

  • Intoxicações

  • Problemas na coagulação do sangue

⚠️ Sintomas que Devem Acender o Alerta

Se o seu cão ou gato apresentar qualquer um dos sintomas abaixo, procure atendimento veterinário imediatamente:

  • Respiração rápida ou difícil

  • Cansaço extremo

  • Gengivas pálidas ou arroxeadas

  • Falta de ar

  • Desmaios ou fraqueza repentina

  • Comportamento apático ou letárgico

Esses sinais podem indicar que o pulmão não está conseguindo expandir corretamente por causa do sangue acumulado.

🏥 O que é feito no tratamento?

O tratamento depende da causa, mas geralmente inclui:

  • Estabilização do paciente

  • Retirada do sangue do tórax com técnicas específicas

  • Controle da causa do sangramento

  • Exames complementares como raio-x, ultrassom e exames laboratoriais

  • Em alguns casos, pode ser necessário cirurgia

Quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as chances de recuperação.


📚 Quer entender melhor essa condição?

No meu blog, publiquei um artigo técnico e completo sobre Hemotórax em Cães e Gatos: Abordagem Clínica, Diagnóstico e Tratamento, ideal para quem busca um conteúdo aprofundado ou é estudante/profissional da área.

👉 Hemotórax em Cães e Gatos: Abordagem Clínica, Diagnóstico e Tratamento

👨‍⚕️ Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior – CRMV 23098
📍 Atendimentos veterinários em domicílio – Mogi das Cruzes, Suzano e região



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Distúrbios Respiratórios em Pequenos Animais Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

 Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶🐦


Distúrbios Respiratórios em Pequenos Animais: Abordagem Técnica sobre Dispneia, Taquipneia e Respiração Ofegante em Cães e Gatos

Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior – Médico Veterinário – CRMV 23098
www.doutordosanimais.com.br
@roque_junior_veterinario



Resumo

Distúrbios respiratórios são queixas comuns na clínica de pequenos animais e podem representar desde alterações benignas até emergências graves. Entre as manifestações clínicas mais frequentemente observadas estão a dispneia, taquipneia e a respiração ofegante. O reconhecimento precoce e a diferenciação desses sinais são essenciais para o diagnóstico preciso e o manejo adequado. Este artigo apresenta uma abordagem técnica sobre essas alterações, suas principais causas, métodos diagnósticos e condutas recomendadas na rotina veterinária.


Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶🐦



1. Introdução

A avaliação da função respiratória em cães e gatos exige atenção redobrada, pois alterações no padrão respiratório podem ser os primeiros sinais de doenças graves. Termos como dispneia, taquipneia e respiração ofegante são frequentemente usados, mas exigem definições precisas para uma comunicação clínica eficiente e adequada tomada de decisão.


2. Definições e Diferenças Clínicas

2.1 Dispneia
Dispneia é definida como a dificuldade respiratória perceptível, geralmente associada a esforço visível, uso de musculatura acessória e desconforto do animal. Pode ser inspiratória, expiratória ou mista, dependendo da localização da obstrução ou disfunção.

2.2 Taquipneia
Taquipneia é caracterizada por aumento da frequência respiratória, sem necessariamente estar associada a esforço ou desconforto evidente. É um sinal precoce de hipóxia, acidose metabólica, dor, febre ou estresse.

2.3 Respiração Ofegante
A respiração ofegante, muitas vezes confundida com taquipneia, envolve respiração superficial, acelerada e geralmente acompanhada de bocejos, boca aberta e ruídos, sendo comum em situações de estresse térmico, dor ou insuficiência cardíaca.


3. Etiologias Comuns

Causa Dispneia Taquipneia Respiração Ofegante
Doenças cardíacas
Doenças pulmonares
Obstruções de vias aéreas
Dor ou estresse
Hipotermia/hipertermia
Anemia ou hipóxia

4. Diagnóstico Diferencial

A anamnese e o exame físico são fundamentais. Atenção especial deve ser dada a:

  • Sons respiratórios (estridor, roncos, estertores)

  • Cor da mucosa (cianose, palidez)

  • Presença de secreções nasais ou tosse

  • Postura ortopneica

  • Sinais de esforço respiratório

Exames complementares indicados incluem:

  • Radiografia torácica

  • Hemogasometria

  • Ecocardiograma

  • Hemograma completo

  • Oximetria de pulso

  • Endoscopia (em casos de obstrução alta)


5. Condutas e Tratamento

Dispneia: é considerada emergência clínica. O manejo imediato inclui:

  • Oxigenioterapia (máscara, tenda ou cateter)

  • Minimizar o estresse (ambiente calmo e escuro)

  • Medicação específica conforme etiologia (diuréticos, broncodilatadores, anti-inflamatórios)

Taquipneia: requer investigação das causas sistêmicas. Pode ser tratada com:

  • Analgesia

  • Controle de temperatura

  • Suporte circulatório

Respiração Ofegante: pode requerer desde suporte sintomático (resfriamento, analgesia) até intervenção específica (drenagem de tórax, tratamento cardíaco).


6. Considerações Finais

O reconhecimento precoce dos padrões respiratórios alterados permite intervenções mais eficazes e pode salvar vidas. Veterinários clínicos devem estar preparados para diferenciar os sinais e agir com rapidez, utilizando todos os recursos diagnósticos disponíveis. A educação do tutor sobre sinais de alerta respiratórios também é essencial para promover a detecção precoce e o encaminhamento imediato.


Referências Bibliográficas

  1. Tilley, L. P., & Smith, F. W. K. (2016). Manual de Cardiologia Veterinária para Pequenos Animais. Roca.

  2. Ettinger, S. J., & Feldman, E. C. (2017). Tratado de Medicina Interna Veterinária – Doenças do Cão e do Gato. Elsevier.

  3. King, L. G. (2013). Texto de Urgências e Emergências em Pequenos Animais. Manole.


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🐦 Doenças Respiratórias em Aves: O Que Você Precisa Saber Para Proteger Seu Plantel

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🐦 Doenças Respiratórias em Aves: O Que Você Precisa Saber Para Proteger Seu Plantel

As doenças respiratórias são uma das principais causas de mortalidade em aves, tanto em criações comerciais quanto em animais de estimação. Elas podem afetar o bem-estar, o crescimento e a produtividade dos animais, causando prejuízos econômicos e emocionais. Entender os sintomas, as causas e as formas de prevenção é essencial para manter suas aves saudáveis.




🦠 Principais Causas das Doenças Respiratórias

As doenças respiratórias em aves podem ser causadas por diversos agentes, como:

  • Bactérias: Mycoplasma gallisepticum, Escherichia coli

  • Vírus: Bronquite Infecciosa, Doença de Newcastle

  • Fungos: Aspergilose (causada pelo Aspergillus)

  • Parasitas: Ácaros respiratórios

Além disso, fatores ambientais como poeira, umidade excessiva, má ventilação, amônia nas fezes e estresse aumentam a suscetibilidade das aves.

😷 Sintomas Mais Comuns

  • Espirros e tosse

  • Corrimento nasal ou ocular

  • Respiração ofegante ou com ruídos

  • Inchaço ao redor dos olhos

  • Letargia e perda de apetite

  • Diminuição na postura de ovos

🧪 Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico ideal é feito por um médico veterinário, com exames laboratoriais específicos. Porém, em criações pequenas, a observação cuidadosa já ajuda a identificar problemas iniciais.

O tratamento depende do agente causador. Pode incluir antibióticos, antifúngicos ou antiparasitários, sempre com orientação profissional. Também é essencial melhorar o ambiente das aves.

✅ Prevenção é Sempre o Melhor Caminho

  • Garanta ventilação adequada no viveiro

  • Evite superlotação

  • Faça a limpeza periódica e desinfecção dos espaços

  • Forneça ração balanceada e água limpa

  • Realize quarentena em aves novas

  • Mantenha a vacinação em dia (para aves comerciais)


💡 Quer saber como montar um plano de prevenção completo para doenças respiratórias no seu plantel, com dicas práticas de manejo e reforço imunológico natural?
👉 🛡️ Como Prevenir Doenças Respiratórias em Aves: Guia Prático Para Criadores

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As Enfermidades Virais Mais Frequentes em Equinos: Entenda os Principais Riscos à Saúde do Seu Cavalo

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As Enfermidades Virais Mais Frequentes em Equinos: Entenda os Principais Riscos à Saúde do Seu Cavalo

A medicina veterinária equina tem avançado significativamente na prevenção e controle de doenças, mas as enfermidades virais ainda representam uma preocupação constante entre criadores, cuidadores e profissionais da área. Vírus altamente contagiosos podem comprometer rapidamente a saúde de um animal, afetando seu desempenho, bem-estar e, em casos mais graves, levando à morte. Neste artigo, você vai conhecer as principais doenças virais que acometem equinos, seus sinais clínicos, formas de prevenção e controle.




1. Influenza Equina

A influenza equina é uma das doenças respiratórias mais comuns entre cavalos. Causada por vírus da família Orthomyxoviridae, provoca febre, tosse seca, secreção nasal, letargia e perda de apetite. A transmissão ocorre por vias aéreas e o vírus pode se espalhar rapidamente em ambientes com aglomeração de animais, como competições e transportes.

Prevenção: vacinação periódica e isolamento de animais recém-chegados ou sintomáticos.


2. Encefalomielite Viral Equina (EVE)

Causada por alfavírus transmitidos por mosquitos, a EVE apresenta variantes (Leste, Oeste e Venezuela), todas potencialmente fatais. Os sinais incluem febre, depressão, falta de coordenação motora, cegueira e convulsões. É considerada uma zoonose, ou seja, pode afetar seres humanos.

Prevenção: controle de vetores (mosquitos) e vacinação anual.


3. Anemia Infecciosa Equina (AIE)

A AIE é uma doença crônica causada por um retrovírus, transmitido por moscas hematófagas ou instrumentos contaminados. Os sintomas variam entre episódios febris, anemia, edema e fraqueza, podendo passar despercebida em animais portadores assintomáticos.

Prevenção: realização do exame de Coggins, controle de insetos e evitar o compartilhamento de agulhas e instrumentos.


4. Rinopneumonite Equina (Herpesvírus Equino Tipo 1 e 4)

Essa enfermidade viral pode se manifestar de três formas: respiratória, reprodutiva (abortos) e neurológica. Os sinais clínicos respiratórios são similares aos da influenza, enquanto a forma neurológica pode evoluir rapidamente para paralisia.

Prevenção: vacinação e quarentena de novos animais são essenciais para o controle da doença.


5. Arterite Viral Equina (AVE)

Transmitida por contato direto ou via sêmen contaminado, a AVE pode causar febre, conjuntivite, aborto, inchaço em membros e escroto. É uma preocupação particular para criadores e centros de reprodução.

Prevenção: exames laboratoriais, vacinação e controle reprodutivo.


Conclusão

A vigilância constante, vacinação adequada e manejo sanitário são as melhores armas contra as enfermidades virais que acometem os equinos. Conhecer os sinais clínicos e as formas de transmissão dessas doenças é fundamental para garantir a saúde e longevidade do seu animal.


👉 Gostou do conteúdo?

Se você se preocupa com a saúde do seu cavalo, não deixe de conferir também a matéria complementar no nosso blog:

🔗 “Vacinação em Equinos: Calendário Atualizado e Dicas Essenciais para uma Imunização Eficiente”

Nesse artigo complementar, explico em detalhes quais vacinas são obrigatórias, quais são recomendadas, quando aplicar e como montar um cronograma de vacinação ideal, levando em conta a rotina e o perfil do seu cavalo.

Acesse agora e continue cuidando com responsabilidade:
➡️Vacinação em Equinos: Calendário Atualizado e Dicas Essenciais para uma Imunização Eficiente



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Conjuntivite Infecciosa Felina: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção

 


Conjuntivite Infecciosa Felina: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção

A conjuntivite é uma das queixas oftálmicas mais comuns nos atendimentos veterinários de felinos. Quando de origem infecciosa, o quadro se agrava pela facilidade de disseminação entre os animais e o risco de coinfecções com múltiplos agentes patogênicos.




🔍 O Que é a Conjuntivite Infecciosa Felina?

É a inflamação da conjuntiva ocular causada por patógenos, principalmente:

  • Chlamydophila felis

  • Herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1)

  • Calicivírus felino

  • Mycoplasma spp.

Geralmente, acomete gatinhos jovens e animais em ambientes coletivos, como gatis, abrigos e lares com múltiplos pets.


🐾 Sinais Clínicos Comuns

  • Olhos vermelhos e lacrimejantes

  • Secreção ocular (serosa, mucosa ou purulenta)

  • Piscar excessivo (blefaroespasmo)

  • Edema conjuntival (quemoses)

  • Espirros e corrimento nasal (em coinfecções respiratórias)

É comum que a infecção comece em um olho e, em poucos dias, afete o outro.


🧪 Diagnóstico Diferencial

Como vários agentes causam sinais semelhantes, o diagnóstico preciso exige:

  • Citologia (presença de corpos elementares)

  • PCR (confirmação genética do agente)

  • Testes rápidos combinados (painéis respiratórios felinos)

O diagnóstico clínico isolado pode levar a tratamentos ineficazes ou incompletos.


💊 Tratamento da Conjuntivite Infecciosa

O tratamento varia conforme o agente causador:

  • Chlamydophila felis:
    ✔ Doxiciclina oral por 3–4 semanas
    ✔ Pomadas oftálmicas antibióticas

  • FHV-1:
    ✔ Antivirais (famciclovir)
    ✔ L-lisina como suplemento coadjuvante

  • Mycoplasma spp.:
    ✔ Também responde bem à doxiciclina

Importante: nunca interrompa o tratamento antes do tempo indicado, mesmo que os sintomas melhorem rapidamente.


🛡️ Prevenção é a Melhor Estratégia

  • Vacinação anual com vacinas múltiplas que incluam Chlamydophila felis e FHV-1

  • Ambientes higienizados e com boa ventilação

  • Evitar aglomerações de gatos sem triagem de saúde

  • Isolamento de animais sintomáticos


⚠️ Zoonose? Precisa se preocupar?

Embora raro, Chlamydophila felis pode causar conjuntivite em humanos, principalmente imunossuprimidos. A higiene ao manipular gatos doentes é fundamental.


📎 Quer saber mais sobre Chlamydophila felis?

👉 Leia o artigo completo no meu site:
Chlamydophila felis: Uma Visão Atual sobre a Infecção Ocular Felina


📌 Conclusão

A conjuntivite infecciosa felina exige atenção profissional. O diagnóstico precoce, a identificação do agente e a escolha adequada do tratamento são fundamentais para o sucesso terapêutico e o controle da disseminação. Cuidar da saúde ocular do seu gato é também garantir o bem-estar dele como um todo.


Conjuntivite Infecciosa Felina: Causas, Sintomas e Tratamento nos Gatos


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Exoftalmia em Cães e Gatos: Quando os Olhos Parecem Saltar para Fora

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Você já notou que o olho do seu pet parece estar “saltando” para fora? Esse sinal pode indicar um problema chamado exoftalmia, e é importante procurar atendimento veterinário o quanto antes.

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O que é a exoftalmia?

A exoftalmia é a protrusão anormal do globo ocular, ou seja, quando o olho parece estar mais para fora do que o normal. Esse problema é mais comum em cães braquicefálicos (como Shih Tzu, Pug e Bulldog), mas também pode acontecer em qualquer raça de cão e até mesmo em gatos.

O que pode causar isso?

Diversas situações podem levar à exoftalmia, incluindo:

  • Infecções ou inflamações atrás do olho (como abscessos retrobulbares)

  • Traumas ou pancadas na cabeça ou na face

  • Tumores ou massas na região orbital

  • Doenças musculares que afetam os músculos ao redor do olho

  • Corpos estranhos, como gravetos ou sementes que entram pela boca e se alojam atrás do olho

Quais os sinais de alerta?

Fique atento aos seguintes sinais:

  • Um dos olhos (ou os dois) parece mais "saltado"

  • Dificuldade ou dor para abrir a boca

  • Olho com aparência de inchaço, vermelhidão ou secreção

  • Animal evita comer ou brincar

  • Mudanças no comportamento, como apatia ou agressividade por dor

Como é feito o diagnóstico?

Durante a consulta, o veterinário fará um exame completo e pode solicitar exames de imagem como ultrassom ocular, radiografia ou tomografia, além de exames oftálmicos específicos. O objetivo é identificar a causa e iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Existe tratamento?

Sim! O tratamento depende da causa. Pode envolver o uso de antibióticos, anti-inflamatórios, drenagem de abscessos ou até cirurgia, nos casos mais graves. O mais importante é não tentar manipular o olho em casa, pois isso pode agravar ainda mais o quadro.

Prognóstico e cuidados

Quando tratado precocemente, muitos casos de exoftalmia têm boa recuperação. Mas em casos mais graves, pode haver perda da visão ou até necessidade de remoção do olho. Por isso, a rápida identificação e atendimento profissional são essenciais.


⚠️ Fique atento!

Se você observar qualquer alteração nos olhos do seu pet, procure um veterinário imediatamente. Alterações nos olhos são sempre uma urgência!

📍 Atendo em domicílio nas regiões de Mogi das Cruzes-sp e região. Cuido com carinho do seu pet no conforto da sua casa. Entre em contato para agendar uma consulta!


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Aspectos Técnicos da Exoftalmia em Cães: Diagnóstico Diferencial e Abordagem Veterinária


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Dispneia em Cães e Gatos: Quando a Respiração do Seu Pet Precisa de Atenção.

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A respiração é um dos sinais vitais mais importantes para a saúde dos nossos pets. Quando cães ou gatos apresentam dificuldade para respirar, isso pode ser um sinal de alerta. Essa condição é chamada de dispneia e merece atenção imediata.



O que é a dispneia?

Dispneia é o termo médico usado para descrever a dificuldade ou esforço anormal para respirar. Isso pode acontecer em qualquer fase da respiração — na inspiração (quando o animal puxa o ar), na expiração (quando solta o ar), ou em ambas.

Quais os sinais de dispneia em cães e gatos?

Alguns sinais podem indicar que o seu pet está com dificuldades respiratórias:

  • Respiração acelerada ou ofegante mesmo em repouso

  • Barulhos ao respirar, como chiados ou roncos

  • Narinas muito abertas durante a respiração

  • Pescoço esticado ou boca aberta tentando puxar o ar

  • Língua ou gengivas com coloração azulada (cianose)

  • Cansaço fácil, recusa para brincar ou se movimentar

  • Postura incomum, como manter as patas da frente afastadas para facilitar a respiração

Esses sintomas devem ser observados com atenção, pois podem evoluir rapidamente e colocar a vida do animal em risco.

O que pode causar dispneia em cães e gatos?

A dificuldade respiratória pode ter várias causas, e o diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico veterinário. Algumas causas comuns incluem:

  • Doenças respiratórias: como bronquite, pneumonia, asma felina, colapso de traqueia

  • Problemas cardíacos: como insuficiência cardíaca congestiva

  • Obstruções nas vias aéreas: corpos estranhos, tumores, inflamações

  • Traumas: atropelamentos, quedas ou pancadas podem afetar o pulmão ou a caixa torácica

  • Doenças infecciosas: como cinomose, rinotraqueíte ou gripe canina

  • Envenenamentos ou reações alérgicas graves

O que fazer ao notar dispneia no seu pet?

👉 Procure imediatamente um veterinário. A dispneia nunca deve ser ignorada, pois pode indicar uma emergência. Evite tentar medicar o animal por conta própria — isso pode piorar a situação.

👉 Mantenha o pet calmo. O estresse pode agravar a respiração. Deixe-o em um ambiente fresco, sem barulhos e sem forçá-lo a se mover.

👉 Evite transporte desnecessário. Se possível, peça atendimento veterinário domiciliar para evitar o estresse do deslocamento.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

O veterinário avaliará os sinais clínicos e pode solicitar exames como raio-X, ultrassonografia, exames de sangue ou ecocardiograma, dependendo da suspeita clínica. O tratamento vai depender da causa: pode envolver medicações, oxigenoterapia, drenagem de líquidos, cirurgia ou cuidados intensivos.

Existe prevenção?

Em alguns casos, sim! Manter o pet com a vacinação em dia, protegê-lo de traumas, evitar exposição ao calor excessivo, poluição, e visitas regulares ao veterinário ajudam a prevenir várias causas de dispneia.


Fique atento: seu pet não pode te dizer com palavras que está com falta de ar, mas o corpo dele mostra sinais. Saber reconhecer esses sinais pode salvar vidas.


Leia Também :

⚠️ Dispneia Cardiogênica em Cães e Gatos


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Os cuidados práticos no dia a dia com animais que sofreram fraturas você sabe o quanto o processo de recuperação pode ser delicado. Mais do que o tratamento cirúrgico ou a imobilização, é fundamental oferecer um ambiente seguro, confortável e propício para a reabilitação plena do seu animal de estimação.


Cuidados Essenciais com Animais em Recuperação de Fraturas

Se o seu pet já sofreu alguma fratura, você sabe o quanto o processo de recuperação pode ser delicado. Mais do que o tratamento cirúrgico ou a imobilização, é fundamental oferecer um ambiente seguro, confortável e propício para a reabilitação plena do seu animal de estimação.

Mas afinal, o que fazer depois que o veterinário trata a fratura?
Essa é uma das dúvidas mais frequentes dos tutores — e com razão.

⚠️ O que muitos tutores não sabem...

Muitos animais tratados corretamente acabam tendo recaídas ou dificuldades para recuperar movimentos simplesmente por falta de cuidados no pós-operatório. Coisas como:

  • Piso escorregadio

  • Pulos e corridas antes do tempo

  • Falta de estímulo adequado

  • Uso incorreto da medicação

  • Falta de fisioterapia

Tudo isso pode colocar em risco a recuperação completa do seu pet.

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  • Cuidados com curativos, higiene e medicação

  • Quando e como iniciar a fisioterapia veterinária

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