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As Enfermidades Virais Mais Frequentes em Equinos: Entenda os Principais Riscos à Saúde do Seu Cavalo

Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


As Enfermidades Virais Mais Frequentes em Equinos: Entenda os Principais Riscos à Saúde do Seu Cavalo

A medicina veterinária equina tem avançado significativamente na prevenção e controle de doenças, mas as enfermidades virais ainda representam uma preocupação constante entre criadores, cuidadores e profissionais da área. Vírus altamente contagiosos podem comprometer rapidamente a saúde de um animal, afetando seu desempenho, bem-estar e, em casos mais graves, levando à morte. Neste artigo, você vai conhecer as principais doenças virais que acometem equinos, seus sinais clínicos, formas de prevenção e controle.




1. Influenza Equina

A influenza equina é uma das doenças respiratórias mais comuns entre cavalos. Causada por vírus da família Orthomyxoviridae, provoca febre, tosse seca, secreção nasal, letargia e perda de apetite. A transmissão ocorre por vias aéreas e o vírus pode se espalhar rapidamente em ambientes com aglomeração de animais, como competições e transportes.

Prevenção: vacinação periódica e isolamento de animais recém-chegados ou sintomáticos.


2. Encefalomielite Viral Equina (EVE)

Causada por alfavírus transmitidos por mosquitos, a EVE apresenta variantes (Leste, Oeste e Venezuela), todas potencialmente fatais. Os sinais incluem febre, depressão, falta de coordenação motora, cegueira e convulsões. É considerada uma zoonose, ou seja, pode afetar seres humanos.

Prevenção: controle de vetores (mosquitos) e vacinação anual.


3. Anemia Infecciosa Equina (AIE)

A AIE é uma doença crônica causada por um retrovírus, transmitido por moscas hematófagas ou instrumentos contaminados. Os sintomas variam entre episódios febris, anemia, edema e fraqueza, podendo passar despercebida em animais portadores assintomáticos.

Prevenção: realização do exame de Coggins, controle de insetos e evitar o compartilhamento de agulhas e instrumentos.


4. Rinopneumonite Equina (Herpesvírus Equino Tipo 1 e 4)

Essa enfermidade viral pode se manifestar de três formas: respiratória, reprodutiva (abortos) e neurológica. Os sinais clínicos respiratórios são similares aos da influenza, enquanto a forma neurológica pode evoluir rapidamente para paralisia.

Prevenção: vacinação e quarentena de novos animais são essenciais para o controle da doença.


5. Arterite Viral Equina (AVE)

Transmitida por contato direto ou via sêmen contaminado, a AVE pode causar febre, conjuntivite, aborto, inchaço em membros e escroto. É uma preocupação particular para criadores e centros de reprodução.

Prevenção: exames laboratoriais, vacinação e controle reprodutivo.


Conclusão

A vigilância constante, vacinação adequada e manejo sanitário são as melhores armas contra as enfermidades virais que acometem os equinos. Conhecer os sinais clínicos e as formas de transmissão dessas doenças é fundamental para garantir a saúde e longevidade do seu animal.


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Se você se preocupa com a saúde do seu cavalo, não deixe de conferir também a matéria complementar no nosso blog:

🔗 “Vacinação em Equinos: Calendário Atualizado e Dicas Essenciais para uma Imunização Eficiente”

Nesse artigo complementar, explico em detalhes quais vacinas são obrigatórias, quais são recomendadas, quando aplicar e como montar um cronograma de vacinação ideal, levando em conta a rotina e o perfil do seu cavalo.

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Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶



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🐎 Relato de Caso Clínico – Abscedação em Equino

 Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


🐎 Relato de Caso Clínico – Abscedação em Equino

Paciente: Cavalo Quarto de Milha, macho, 8 anos
Tutor: Produtor rural – Região de Salesópolis/SP

Motivo da consulta: Claudicação em membro posterior esquerdo, associada a inchaço progressivo na região glútea


Histórico Clínico:

O tutor relatou que o animal havia recebido uma aplicação intramuscular de penicilina benzatina, administrada por um funcionário da propriedade, 5 dias antes da consulta. Três dias após a aplicação, notou-se aumento de volume, calor e sensibilidade no local. O cavalo passou a apresentar dor ao toque, relutância em movimentar-se e mancar com intensidade variável.


Exame Físico:

  • Temperatura: 38,9ºC

  • Frequência cardíaca: 48 bpm

  • Frequência respiratória: 20 mrm

  • MM: Rosadas, tempo de preenchimento capilar normal

  • Avaliação local: Presença de edema firme e quente na musculatura glútea esquerda, com aproximadamente 20 cm de diâmetro. Dor à palpação, sem fistulização no momento.


Diagnóstico Presuntivo:

Abscesso pós-aplicação intramuscular.


Conduta Clínica:

Optou-se por iniciar terapia com anti-inflamatório não esteroidal (flunixin meglumine) e antibiótico de largo espectro (sulfatrimetoprim oral), além da aplicação local de compressas mornas para acelerar a maturação do abscesso.

Após 48 horas, foi observada amolecimento da área central e formação de ponto de flutuação. Realizou-se drenagem cirúrgica sob sedação leve (detomidina + butorfanol), seguida por lavagem abundante com solução fisiológica e instilação de iodo povidona diluído a 1%.

Foi orientado ao tutor que realizasse limpeza diária com solução antisséptica e mantivesse o animal em ambiente seco e limpo. A antibioticoterapia foi mantida por 7 dias.


Evolução:

A partir do terceiro dia pós-drenagem, observou-se melhora significativa da claudicação, redução do edema e ausência de secreção purulenta. No sétimo dia, a ferida apresentava tecido de granulação saudável e cicatrização satisfatória.


Discussão:

Abscedações em equinos, especialmente pós-injeção intramuscular, são frequentemente associadas a técnica inadequada de aplicação, escolha incorreta do fármaco ou falta de assepsia. A penicilina benzatina é sabidamente irritante para o tecido muscular equino e deve ser evitada, salvo com extremo cuidado.

A drenagem oportuna, aliada à antibioticoterapia e cuidados com o ambiente, são essenciais para a recuperação e prevenção de complicações mais graves, como celulite ou sepse.


Conclusão:

A abscedação, embora comum, pode comprometer seriamente o bem-estar e desempenho de cavalos atletas ou de trabalho. A orientação ao tutor quanto à administração correta de medicamentos e o pronto atendimento veterinário fazem toda a diferença no prognóstico.


Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior
Médico Veterinário – CRMV-SP 23098
Atendimento domiciliar em Mogi das Cruzes e Região


Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶



Para saber mais sobre essa condição, causas, sintomas e como agir, leia também:

Abscedação em Animais: O Que É, Causas, Sintomas e Tratamentos

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"O Segredo da Digestão dos Cavalos: Como o Ceco Transforma Fibras em Energia

Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

 Vamos entender detalhadamente o que acontece quando um cavalo ingere fibras e como elas interagem com as bactérias intestinais.



1️⃣ Ingestão e Mastigação

Quando o cavalo consome fibras (como capim ou feno), ele mastiga o alimento para reduzi-lo a partículas menores. A mastigação também mistura a fibra com saliva, que contém enzimas e bicarbonato, ajudando a umedecer o alimento e a regular o pH do estômago.

2️⃣ Estômago: Início da Digestão

Diferente de humanos, o estômago do cavalo é pequeno e tem um trânsito rápido. A digestão química das fibras não ocorre aqui, pois não há bactérias fermentadoras no estômago. No entanto, ácidos gástricos começam a atuar na quebra de algumas proteínas.

3️⃣ Intestino Delgado: Absorção de Nutrientes Simples

No intestino delgado, ocorrem as principais absorções de açúcares, proteínas e gorduras. Mas as fibras não são quebradas aqui, pois os cavalos não produzem enzimas suficientes para digeri-las. Assim, elas passam praticamente intactas para o intestino grosso.

4️⃣ Ceco: Fermentação Bacteriana das Fibras

Aqui acontece a parte mais importante! O ceco é um órgão de fermentação, funcionando como um grande tanque onde bactérias e protozoários especializados quebram as fibras.

As bactérias intestinais produzem enzimas chamadas celulases, que quebram a celulose e hemicelulose das fibras vegetais. Esse processo libera ácidos graxos voláteis (AGVs), que são a principal fonte de energia para o cavalo!

Os principais ácidos graxos voláteis produzidos são:
Acetato – Fornece energia imediata para os músculos.
Propionato – Pode ser convertido em glicose pelo fígado.
Butirato – Importante para a saúde intestinal e regeneração celular.

💡 Ou seja, as fibras não servem para alimentar as bactérias, mas sim para que as bactérias quebrem e liberem energia para o cavalo!

5️⃣ Cólon: Absorção Final

Após a fermentação no ceco, os ácidos graxos voláteis são absorvidos no cólon, garantindo energia contínua para o cavalo. O cólon também absorve água, ajudando a formar fezes bem hidratadas.

6️⃣ Eliminação das Fibras Não Aproveitadas

O que não foi digerido ou fermentado no ceco e cólon é eliminado nas fezes. Isso inclui fibras muito resistentes, lignina e restos de bactérias mortas.


Resumo do Processo

1️⃣ O cavalo ingere fibras (capim, feno) 🌿
2️⃣ A mastigação mistura com saliva 💦
3️⃣ No estômago, ocorrem poucas mudanças 🚫
4️⃣ No intestino delgado, a fibra segue intacta ➡️
5️⃣ No ceco, bactérias fermentam a fibra e produzem energia 🔥
6️⃣ No cólon, ácidos graxos voláteis são absorvidos ⚡
7️⃣ O que sobra é eliminado nas fezes 💩


Esse processo mostra por que cavalos precisam de uma dieta rica em fibras! Se não há fibra suficiente, as bactérias boas do ceco podem morrer, causando desequilíbrios, cólicas e até laminite.

Se tiver mais dúvidas, entre em contato ( drdosanaimais@gmail.com  )! 🐴💚



👉 Quer saber mais? Agende uma consulta domiciliar comigo em Mogi das Cruzes e região. 

Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶 11 958803155




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