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Pancreatite em Cães e Gatos: Abordagem Diagnóstica e Terapêutica

 


Pancreatite em Cães e Gatos: Abordagem Diagnóstica e Terapêutica

Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior – Médico Veterinário | CRMV-SP 23098


Resumo

A pancreatite é uma condição inflamatória que afeta o pâncreas de cães e gatos, sendo uma enfermidade comum, porém subdiagnosticada. Trata-se de uma doença que varia de formas leves e autolimitantes a quadros graves e potencialmente fatais. O presente artigo aborda, de forma detalhada, os aspectos fisiopatológicos, etiológicos, clínicos, diagnósticos e terapêuticos da pancreatite em pequenos animais, com ênfase nas melhores práticas baseadas em evidências.

 

                             Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶



1. Introdução

O pâncreas exócrino é responsável pela produção de enzimas digestivas essenciais. A inflamação desse órgão, chamada pancreatite, ocorre quando há ativação precoce dessas enzimas dentro do próprio tecido pancreático, resultando em autodigestão e resposta inflamatória sistêmica. Em cães, a forma aguda é mais prevalente, enquanto nos gatos, a apresentação clínica costuma ser mais crônica e insidiosa.


2. Fisiopatologia

A pancreatite se inicia com a ativação intrapancreática da tripsina, levando à cascata de ativação de outras enzimas, necrose celular, liberação de citocinas inflamatórias e, em casos graves, falência multiorgânica. Essa inflamação pode ser limitada ao pâncreas (pancreatite leve), ou se expandir para tecidos adjacentes e sistemas sistêmicos (pancreatite necrosante ou hemorrágica).


3. Etiologia

Diversos fatores podem desencadear pancreatite em cães e gatos:

3.1 Cães

  • Alimentação rica em gordura

  • Obesidade

  • Trauma abdominal

  • Hiperlipidemia (ex: Schnauzers)

  • Fármacos (ex: azatioprina, furosemida, tetraciclinas)

  • Doenças endócrinas (hiperlipidemia, diabetes mellitus, hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo)

3.2 Gatos

  • Doenças inflamatórias intestinais

  • Colangite / hepatopatia (tríade felina)

  • Toxoplasma gondii

  • Parasitos gastrointestinais

  • Trauma

  • Idiopática (alta incidência)


4. Sinais Clínicos

Os sinais variam de acordo com a espécie e a gravidade da inflamação:

Cães

  • Vômito (sintoma mais comum)

  • Dor abdominal (posição de oração)

  • Diarreia

  • Letargia

  • Anorexia

  • Febre

Gatos

  • Anorexia

  • Letargia

  • Perda de peso

  • Hipotermia

  • Vômito (menos comum do que em cães)

  • Desidratação


5. Diagnóstico

O diagnóstico é desafiador, especialmente nos gatos, e exige uma abordagem multimodal:

5.1 Exames laboratoriais

  • Hemograma: leucocitose, neutrofilia, anemia

  • Bioquímica: aumento de ALT, AST, hiperglicemia, hipocalcemia, hipertrigliceridemia

  • Lipase e amilase: pouco específicas em cães, e não confiáveis em gatos

  • Especific Lipase Pancreática Canina (cPLI) e Felina (fPLI): exame mais confiável

5.2 Imagem

  • Ultrassonografia abdominal: avaliação do aumento do pâncreas, ecogenicidade alterada, presença de líquido livre ou alterações peripancreáticas

  • Radiografia abdominal: pouco sensível, mas pode ajudar na exclusão de outras causas

  • Tomografia computadorizada (TC): utilizada em centros especializados

5.3 Diagnóstico Diferencial

  • Gastroenterite

  • Corpo estranho gastrointestinal

  • Insuficiência renal aguda

  • Doença hepática

  • Colangite e hepatite (em gatos)


6. Tratamento

O tratamento é, em grande parte, de suporte, com foco em controle da dor, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e suporte nutricional.

6.1 Estabilização e fluidoterapia

  • Reposição agressiva com cristaloides isotônicos (Ringer Lactato ou NaCl 0,9%)

  • Monitoramento de eletrólitos, acidose e pressão arterial

6.2 Controle da dor

  • Analgésicos opioides (tramadol, buprenorfina)

  • Em casos mais graves: fentanil intravenoso contínuo

6.3 Antiêmese

  • Maropitant (Cerenia®)

  • Ondansetrona

  • Metoclopramida (com cautela)

6.4 Antibióticos

  • Uso restrito apenas em casos suspeitos de infecção pancreática secundária (necrose, febre persistente, leucocitose grave)

6.5 Suporte nutricional

  • Início precoce de nutrição enteral via oral ou por sonda nasoesofágica

  • Dietas de fácil digestão e baixo teor de gordura

  • Evitar jejum prolongado

6.6 Outras terapias

  • Plasma fresco em casos graves

  • Antioxidantes como S-adenosilmetionina e vitamina E (uso controverso)

  • Corticóides: apenas em casos bem indicados (ex: pancreatite autoimune)


7. Prognóstico

O prognóstico é variável e depende da gravidade, rapidez do diagnóstico e resposta ao tratamento. Cães com pancreatite aguda leve geralmente se recuperam bem, enquanto gatos com formas crônicas podem necessitar de manejo a longo prazo.

Fatores de mau prognóstico incluem:

  • Hipoalbuminemia

  • Hipocalcemia

  • Coagulopatia

  • Persistência de vômitos e anorexia


8. Considerações Finais

A pancreatite é uma condição séria, porém controlável com diagnóstico e tratamento apropriados. A conscientização dos tutores sobre os sinais clínicos e a busca precoce por atendimento veterinário são essenciais para melhorar os desfechos. Novas pesquisas continuam a avançar na compreensão da fisiopatologia e no desenvolvimento de terapias específicas.


Referências

  • Xenoulis PG, Steiner JM. "Canine and feline pancreatitis: Current concepts." Vet Clin North Am Small Anim Pract. 2015.

  • Forman MA, Marks SL, De Cock HE. "Evaluation of serum feline pancreatic lipase immunoreactivity as a test for pancreatitis in cats." J Vet Intern Med. 2004.

  • Watson P. "Pancreatitis in dogs and cats: definitions and pathophysiology." J Small Anim Pract. 2015.

  • WSAVA Global Nutrition Committee Guidelines.

  • Ettinger SJ, Feldman EC. Textbook of Veterinary Internal Medicine, 8th ed.


Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

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Dermatites alérgicas em pets: como identificar e tratar com base científica

Dermatites alérgicas em pets: como identificar e tratar com base científica

Por Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior – Médico Veterinário | CRMV 23098

As dermatites alérgicas estão entre os problemas de pele mais comuns em cães e gatos. Elas causam coceira intensa, vermelhidão e desconforto, afetando diretamente a qualidade de vida dos pets. Neste artigo, vamos explicar de forma clara e científica como identificar, diagnosticar e tratar esse tipo de dermatite — sempre com a orientação de um médico-veterinário.




O que são dermatites alérgicas?

As dermatites alérgicas são reações inflamatórias da pele causadas por uma resposta exagerada do sistema imunológico a substâncias normalmente inofensivas, como pólen, ácaros, alimentos ou picadas de pulgas.

As principais formas de dermatite alérgica em pets incluem:

  • Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP)

  • Dermatite Atópica Canina ou Felina (DAC/DAF)

  • Alergia Alimentar

  • Dermatite de Contato (mais rara)


Sinais clínicos mais comuns

  • Prurido (coceira intensa), especialmente em orelhas, patas, abdômen e base da cauda

  • Lambedura ou mordedura excessiva

  • Vermelhidão, feridas, crostas ou perda de pelo

  • Infecções secundárias por bactérias ou fungos (ex: piodermite, Malassezia spp.)

  • Otites recorrentes (em especial nos casos de dermatite atópica)

🔬 Importante: Os sinais podem variar de acordo com o tipo de alergia e a espécie (gato ou cachorro), e muitas vezes se sobrepõem.


Diagnóstico diferencial: um passo essencial

O diagnóstico deve sempre ser feito por um veterinário. Isso porque não existe um exame único que detecte todas as causas de dermatite. O processo pode incluir:

  • Anamnese completa (histórico do animal, ambiente, dieta)

  • Exame clínico detalhado

  • Raspado de pele, citologia ou cultura para excluir ectoparasitas ou infecções secundárias

  • Teste de exclusão alimentar (para identificar alergia alimentar)

  • Testes intradérmicos ou sorológicos (para diagnóstico de dermatite atópica)

  • Controle de pulgas rigoroso para descartar DAPP


Tratamento: abordagem personalizada e contínua

🧪 1. Controle do agente causador

  • Pulgas: uso de antiparasitários eficazes (ex: isoxazolinas) para todos os animais do ambiente

  • Alergia alimentar: dieta hipoalergênica com proteína hidrolisada ou nova fonte proteica por 8-12 semanas

  • Dermatite atópica: manejo ambiental e identificação de alérgenos (quando possível)

💊 2. Terapia medicamentosa

  • Antihistamínicos (com eficácia limitada)

  • Corticosteroides (uso com cautela)

  • Oclacitinib (Apoquel®) ou Lokivetmab (Cytopoint®) para casos moderados a graves

  • Ácidos graxos essenciais (ômega 3 e 6) como adjuvantes

  • Antibióticos ou antifúngicos (em casos de infecção secundária)

🛁 3. Cuidados tópicos

  • Banhos terapêuticos com shampoos antialérgicos ou antifúngicos

  • Sprays, loções ou hidratantes dermatológicos veterinários


Dermatite alérgica em gatos: atenção redobrada

Nos gatos, a dermatite alérgica pode se manifestar como complexo granuloma eosinofílico felino, lesões de lambedura intensa, alopecia simétrica ou ulcerações. O diagnóstico e tratamento seguem os mesmos princípios, mas exigem maior atenção, pois os felinos são mais sensíveis a alguns medicamentos.


A importância do acompanhamento veterinário

A dermatite alérgica não tem cura definitiva, mas com diagnóstico precoce e tratamento individualizado, é possível controlar os sintomas e proporcionar bem-estar ao pet.

Nunca medique seu animal por conta própria. O uso inadequado de corticoides, antibióticos ou antipulgas pode agravar o quadro ou causar efeitos colaterais graves.


Conclusão

Se o seu cão ou gato apresenta coceira frequente, lesões na pele ou lambedura excessiva, procure um médico-veterinário. O tratamento correto, com base científica e ajustado para o perfil do seu pet, pode fazer toda a diferença.


📍Atendimentos domiciliares em Mogi das Cruzes SP, Grande São Paulo,
💬 WhatsApp para consultas e emergências: (11) 958803155
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🐶 Nutrição Canina: Como Escolher a Ração Ideal para o Seu Cão

 Nutrição Canina: Como Escolher a Ração Ideal para o Seu Cão

Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


🐶 Nutrição Canina: Como Escolher a Ração Ideal para o Seu Cão

A alimentação é um dos pilares da saúde do seu cão. Uma nutrição equilibrada previne doenças, fortalece o sistema imunológico, mantém o peso adequado e garante energia para as atividades diárias. Com tantas opções disponíveis no mercado — rações secas, úmidas, naturais, premium, super premium — muitos tutores ficam em dúvida: qual é a ração ideal para o meu cão?

Neste guia completo, você vai entender o que observar na hora de escolher, os tipos de rações disponíveis, e os critérios que realmente importam para oferecer o melhor ao seu pet.




✅ Por que a Nutrição Canina é Tão Importante?

Assim como os humanos, os cães precisam de uma combinação equilibrada de proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais. A alimentação correta contribui para:

  • Manutenção de ossos, músculos e órgãos saudáveis

  • Imunidade forte contra infecções e doenças

  • Energia para brincadeiras, passeios e exercícios

  • Pelagem bonita e pele saudável

  • Longevidade com qualidade de vida


🍽️ Tipos de Ração para Cães

1. Ração Comum (Standard)

  • Mais acessível, mas geralmente com menor qualidade nutricional.

  • Contém muitos subprodutos, corantes e aditivos.

  • Pode ser suficiente em alguns casos, mas não é ideal para cães com sensibilidades ou necessidades específicas.

2. Ração Premium

  • Melhora na qualidade dos ingredientes.

  • Maior digestibilidade e melhor balanceamento nutricional.

  • Boa opção para cães saudáveis que não têm restrições alimentares.

3. Ração Super Premium

  • Ingredientes de alta qualidade, com proteína de origem nobre (como frango, cordeiro, salmão).

  • Alta absorção de nutrientes, menor volume de fezes.

  • Frequentemente inclui ingredientes funcionais (ômega-3, prebióticos, condroitina).

  • Ideal para quem busca o melhor custo-benefício em saúde canina.

4. Rações Especiais ou Terapêuticas

  • Prescritas por veterinários para tratar condições específicas como:

    • Problemas renais

    • Obesidade

    • Alergias alimentares

    • Diabetes

  • Nunca devem ser usadas sem orientação profissional.

5. Ração Natural / Holística

  • Composição mais limpa, livre de transgênicos, corantes e conservantes artificiais.

  • Muitas vezes, usa ingredientes de grau humano.

  • Ideal para tutores que valorizam uma nutrição mais próxima da natural, mas com praticidade.


🔍 Como Escolher a Ração Ideal para o Seu Cão

🐾 1. Considere a Idade do Cão

  • Filhotes (até 12 meses): precisam de rações específicas com mais calorias, cálcio e DHA para desenvolvimento.

  • Adultos (1 a 7 anos): devem manter uma dieta equilibrada conforme o porte e atividade.

  • Idosos (7+ anos): necessitam de menos calorias e mais suporte articular e cognitivo.

🐾 2. Avalie o Porte do Cão

  • Pequeno: requer rações com grãos pequenos e suporte a metabolismo mais acelerado.

  • Médio e grande: precisam de suporte articular, proteínas de qualidade e porções ajustadas.

🐾 3. Verifique o Estado de Saúde

  • Cães com alergias, sobrepeso, doenças renais, digestivas ou articulares precisam de dietas específicas.

  • Sempre consulte o veterinário nesses casos.

🐾 4. Leia o Rótulo

Busque rações com:

  • Proteína de origem animal como 1º ingrediente (ex: frango, salmão, cordeiro)

  • Poucos aditivos químicos

  • Presença de fibras, prebióticos, ômega-3 e vitaminas

Evite rações com:

  • Subprodutos de carne genéricos ("farinha de carne e ossos")

  • Corantes artificiais

  • Açúcares ou excesso de sódio


⚖️ Ração vs Alimentação Natural: Qual é Melhor?

Ambas podem ser boas — desde que sejam bem formuladas. A ração tem a vantagem da praticidade e equilíbrio garantido pelas marcas de confiança. Já a alimentação natural (AN) deve ser personalizada por um veterinário nutrólogo e exige mais cuidado na preparação e suplementação.


📋 Dica: Observe o Comportamento e o Corpo do Seu Cão

Uma ração adequada se reflete em:

  • Pelagem brilhante e pele saudável

  • Energia e disposição

  • Fezes firmes e com pouco odor

  • Peso corporal estável

Se seu cão demonstra coceiras, queda excessiva de pelos, diarreia ou apatia, pode ser sinal de que a ração não está adequada.


🛒 Como Introduzir uma Nova Ração

A troca deve ser feita gradualmente, ao longo de 7 dias:

  1. Dia 1-2: 25% nova ração + 75% antiga

  2. Dia 3-4: 50% nova + 50% antiga

  3. Dia 5-6: 75% nova + 25% antiga

  4. Dia 7: 100% nova ração

Esse processo ajuda a evitar desconfortos digestivos.


✅ Conclusão

Escolher a ração ideal para seu cão é um ato de carinho, responsabilidade e cuidado com sua saúde. Avaliar idade, porte, necessidades individuais e qualidade dos ingredientes é fundamental para oferecer uma alimentação segura, saborosa e completa.

Em caso de dúvida, sempre consulte um médico-veterinário — ele é o melhor guia na hora de garantir uma nutrição adequada para o seu melhor amigo!


Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

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🐱 Alimentação Natural para Gatos: Benefícios e Receitas

Alimentação Natural para Gatos: Benefícios e Receitas

Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


🐱 Alimentação Natural para Gatos: Benefícios e Receitas

A alimentação natural (AN) para gatos tem ganhado cada vez mais espaço entre os tutores que buscam oferecer uma dieta mais saudável, balanceada e próxima do que os felinos comeriam na natureza. Quando bem formulada, ela pode proporcionar inúmeros benefícios à saúde dos gatos, prevenindo doenças e melhorando a qualidade de vida.

Neste guia completo, você vai entender o que é alimentação natural, quais são seus benefícios, cuidados essenciais e até receitas base para oferecer ao seu gato com segurança.


                                     



✅ O Que é Alimentação Natural para Gatos?

A alimentação natural é um tipo de dieta feita com ingredientes frescos e naturais (carnes, vísceras, ovos, vegetais), preparados especialmente para o consumo animal — sem conservantes artificiais, corantes ou subprodutos comuns nas rações comerciais.

Existem dois tipos principais:

  • AN cozida balanceada (sem ossos, cozida e suplementada)

  • AN crua balanceada (dieta BARF) (com ossos crus moídos, carnes e vísceras cruas)

⚠️ Importante: Toda dieta natural precisa ser formulada por um veterinário nutrólogo, pois gatos têm necessidades nutricionais específicas e podem desenvolver deficiências sérias se a dieta for mal formulada.


🧬 Por que a Alimentação Natural é boa para Gatos?

✔️ Benefícios comprovados:

  1. Melhora da pelagem e pele
    A alimentação rica em proteínas de qualidade e ácidos graxos melhora o brilho e reduz a queda de pelos.

  2. Fezes com menos odor e volume
    Por ser mais aproveitada pelo organismo, a AN gera menos resíduos e reduz o mau cheiro das fezes.

  3. Hidratação natural
    Com alto teor de umidade, a dieta ajuda a prevenir problemas renais, comuns em gatos que bebem pouca água.

  4. Controle de peso
    A dieta natural pode ser ajustada com precisão para prevenir obesidade ou desnutrição.

  5. Melhora da imunidade e longevidade
    Com ingredientes frescos e livres de ultraprocessados, o sistema imunológico se fortalece e o risco de doenças reduz.


🍽️ Cuidados Antes de Começar

  • Consulte um médico veterinário especializado em nutrição felina.

  • Faça exames laboratoriais para avaliar a saúde geral do gato antes da transição.

  • Nunca improvise: gatos precisam de taurina, cálcio e outros nutrientes em quantidades exatas.

  • Não substitua a ração por alimentação caseira sem supervisão.

  • Não ofereça temperos, cebola, alho, ossos cozidos ou alimentos tóxicos para gatos.


🍲 Receitas Base de Alimentação Natural Cozida (Exemplo)

⚠️ Estas receitas são apenas exemplares e devem ser ajustadas com base no peso, idade, saúde e nível de atividade do gato. Consulte um veterinário!

📌 Receita Base (para 1 dia – gato de 4kg adulto saudável)

Ingredientes:

  • 80g de carne magra (frango, boi ou peixe) – cozida sem sal

  • 20g de fígado ou coração (cozido)

  • 10g de abóbora ou cenoura cozida

  • 1 gema de ovo cozida

  • 1/2 colher de chá de óleo de peixe (ômega-3)

  • Suplementos veterinários prescritos (como fonte de taurina, cálcio, vitamina E, etc.)

Modo de preparo:

  1. Cozinhe bem todas as carnes e vegetais, sem sal, alho ou cebola.

  2. Misture os ingredientes e adicione os suplementos prescritos.

  3. Espere esfriar e sirva em pequenas porções.

  4. Armazene o restante em potes na geladeira por até 2 dias ou congele por até 1 semana.


🔄 Transição da Ração para Alimentação Natural

A mudança deve ser feita gradualmente, ao longo de 7 a 15 dias:

  1. Comece misturando 10% de AN com 90% de ração.

  2. Aumente a porcentagem da AN aos poucos, a cada 2 dias.

  3. Observe a aceitação, fezes, comportamento e apetite.

  4. Nunca force a mudança se o gato mostrar rejeição ou desconforto.


❌ Alimentos Proibidos para Gatos

  • Cebola e alho (mesmo em pequenas quantidades)

  • Chocolate

  • Uvas e uvas-passas

  • Leite e derivados (a maioria dos gatos é intolerante à lactose)

  • Ossos cozidos

  • Temperos, sal, açúcar

  • Café, álcool e adoçantes artificiais


🐾 Conclusão

A alimentação natural para gatos pode transformar a saúde e bem-estar do seu pet — mas precisa ser feita com responsabilidade, orientação profissional e muito cuidado. Uma dieta equilibrada e personalizada respeita as necessidades biológicas do felino e contribui para uma vida mais longa e feliz.

Antes de qualquer mudança, consulte sempre um veterinário nutrólogo. Com amor, informação e orientação certa, seu gato só tem a ganhar!


Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶



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Miopatia Endócrina em Cães e Gatos: Causas, Sintomas e Tratamento

Miopatia Não Inflamatória Endócrina em Animais Domésticos: Uma Revisão Científica

Autor: Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior – CRMV-SP 23098


Resumo

As miopatias não inflamatórias endócrinas representam um grupo de distúrbios musculares secundários a alterações hormonais sistêmicas, particularmente relacionadas a doenças endócrinas como o hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus. Esses distúrbios podem afetar cães e gatos, resultando em fraqueza muscular, intolerância ao exercício e alterações histopatológicas musculares. O objetivo deste artigo é revisar os principais mecanismos fisiopatológicos, manifestações clínicas, diagnóstico e condutas terapêuticas relacionadas às miopatias endócrinas não inflamatórias na clínica veterinária de pequenos animais.

Palavras-chave: miopatia endócrina, hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, cães, gatos, patologia muscular




1. Introdução

Miopatias são distúrbios que afetam diretamente a estrutura ou a função dos músculos esqueléticos. Dentre essas, as miopatias não inflamatórias endócrinas constituem um grupo clínico importante, ainda que subdiagnosticado, em cães e gatos. Elas são secundárias a disfunções hormonais e se caracterizam por alterações musculares sem presença significativa de inflamação. Os hormônios tireoidianos, glicocorticoides e insulina desempenham papel essencial na homeostase muscular, e sua deficiência ou excesso podem comprometer o metabolismo e integridade do tecido muscular.


2. Revisão de Literatura

2.1 Miopatias associadas ao hipotireoidismo

O hipotireoidismo canino é uma das principais causas endócrinas de miopatia. A deficiência dos hormônios T3 e T4 provoca redução na síntese proteica, metabolismo basal e condução neuromuscular. As alterações musculares incluem atrofia de fibras do tipo II, degeneração segmentar e acúmulo de mucopolissacarídeos.

Manifestações clínicas: fraqueza, letargia, intolerância ao exercício e, em casos mais graves, miopatia laríngea ou facial.

2.2 Miopatias associadas ao hiperadrenocorticismo (síndrome de Cushing)

O excesso de cortisol endógeno ou exógeno resulta em catabolismo proteico, principalmente nas fibras do tipo II, levando à atrofia muscular. É frequente em cães de meia idade a idosos.

Manifestações clínicas: fraqueza muscular proximal, abdômen pendular, intolerância ao exercício, dificuldade de subir escadas ou saltar.

2.3 Miopatias associadas ao diabetes mellitus

Embora menos comum, a hiperglicemia crônica pode levar a neuropatia periférica e degeneração muscular. Há relatos principalmente em gatos.

Manifestações clínicas: fraqueza nos membros posteriores, plantigradia, perda muscular generalizada.


3. Diagnóstico

3.1 Exame clínico e histórico

A anamnese detalhada com sinais de doença endócrina (ganho de peso, letargia, alterações dermatológicas) deve orientar a suspeita diagnóstica.

3.2 Exames laboratoriais

  • Hormônios T4, TSH (hipotireoidismo)
  • Cortisol basal e testes de supressão/estimulação (hiperadrenocorticismo)
  • Glicemia e insulina (diabetes mellitus)

3.3 Eletromiografia e biópsia muscular

Podem revelar baixa amplitude de ação muscular e alterações histopatológicas compatíveis com atrofia ou degeneração sem infiltrado inflamatório.


4. Discussão

A abordagem das miopatias endócrinas deve considerar a etiologia primária como foco terapêutico. O tratamento de reposição hormonal no hipotireoidismo, uso de trilostano no hiperadrenocorticismo e controle glicêmico no diabetes costumam levar à melhora clínica progressiva. A reversibilidade parcial ou completa das alterações musculares depende da duração da disfunção endócrina e da resposta ao tratamento.

A identificação precoce é essencial para evitar sequelas musculares irreversíveis. A miopatia, embora muitas vezes subclínica, pode ser o primeiro indicativo de uma endocrinopatia subjacente. O uso de exames complementares, especialmente biópsias musculares, pode esclarecer casos atípicos.


5. Conclusão

As miopatias não inflamatórias endócrinas devem sempre ser consideradas no diagnóstico diferencial de animais com fraqueza, intolerância ao exercício ou atrofia muscular. O reconhecimento clínico, aliado ao diagnóstico laboratorial e histopatológico, permite o manejo eficaz e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. A integração entre endocrinologia e neurologia veterinária é fundamental para o sucesso terapêutico.


6. Referências Bibliográficas

  1. Evans, H. E., & de Lahunta, A. (2013). Miller’s Anatomy of the Dog. Elsevier Health Sciences.
  2. Feldman, E.C., & Nelson, R.W. (2014). Endocrinologia e Medicina Interna de Pequenos Animais. Elsevier.
  3. Dewey, C.W., & da Costa, R.C. (2020). Practical Guide to Canine and Feline Neurology. Wiley-Blackwell.
  4. Platt, S.R., & Olby, N.J. (2013). BSAVA Manual of Canine and Feline Neurology. BSAVA.
  5. Chrisman, C.L. (2006). Neurologic Examination and Neuroanatomical Diagnosis. In Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice.

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Comportamento Felino: Desmistificando os Mistérios dos Gatos

Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


Título:
Comportamento Felino: Desmistificando os Mistérios dos Gatos

Autor:
Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior, CRMV-SP 23098


Resumo

O comportamento felino, por muito tempo envolto em mitos e interpretações equivocadas, tem ganhado crescente atenção na medicina veterinária e etologia. Este artigo busca compreender e esclarecer os principais aspectos comportamentais dos gatos domésticos (Felis catus), analisando suas interações sociais, comunicação, instintos naturais e adaptações ao ambiente doméstico. Através de revisão bibliográfica e observação clínica, desmistificam-se comportamentos frequentemente interpretados como distantes, agressivos ou aleatórios, promovendo uma melhor convivência entre tutores e felinos. A abordagem correta do comportamento felino é essencial para o bem-estar animal e prevenção de distúrbios comportamentais.

Palavras-chave: comportamento felino, etologia, gatos, bem-estar animal, comunicação felina





1. Introdução

Os gatos domésticos são animais fascinantes que dividem lares humanos há milhares de anos. Embora amplamente populares como animais de companhia, seu comportamento ainda é cercado de mitos e mal-entendidos. Comumente considerados solitários ou imprevisíveis, os gatos apresentam um repertório comportamental complexo, com base em sua evolução, instintos de caça e mecanismos de comunicação sutis. Este artigo visa desmistificar tais comportamentos e contribuir para uma compreensão científica e empática dos felinos.



2. Aspectos Evolutivos do Comportamento Felino

O Felis catus descende do gato selvagem africano (Felis lybica), espécie solitária e territorial. A domesticação ocorreu de forma diferente da dos cães, sendo mais baseada na aproximação voluntária dos gatos aos humanos, especialmente em locais com oferta de alimento. Isso explica traços comportamentais ainda presentes, como a necessidade de controle do território, caça mesmo em gatos alimentados, e certa independência nas interações sociais.



3. Comunicação e Linguagem Corporal

Os gatos se comunicam por meio de uma combinação de vocalizações, posturas corporais, expressões faciais e feromônios. O miado, embora não comum entre gatos selvagens adultos, é utilizado pelos domésticos especialmente para interagir com humanos. Outras vocalizações incluem ronronar, sibilar e grunhir, cada uma com funções distintas.

A linguagem corporal é um dos principais meios de comunicação felina: cauda ereta indica boas intenções, orelhas para trás ou pupilas dilatadas podem sinalizar medo ou agressividade. O uso de feromônios para marcação territorial (como o esfregar da cabeça) também é vital para seu bem-estar e orientação no ambiente.



4. Comportamentos Naturais e Ambientação Doméstica

Entre os comportamentos naturais mais comuns estão:

  • Caça: Mesmo gatos bem alimentados mantêm o comportamento de caça como instinto natural.

  • Afastamento e descanso: Gatos dormem até 16 horas por dia, muitas vezes em locais altos e seguros.

  • Arranhadura: Usada para demarcar território e afiar unhas.

  • Enterrar fezes: Prática herdada de felinos selvagens para evitar atrair predadores ou competidores.

No ambiente doméstico, é fundamental oferecer estímulos físicos e mentais, como brinquedos, arranhadores, locais para escalar e esconderijos. A ausência de tais recursos pode resultar em estresse, agressividade, micção inadequada ou apatia.



5. Mitos Comuns e Interpretações Errôneas

Alguns dos principais mitos incluem:

  • Gatos são falsos”: Na verdade, gatos apenas demonstram afeto de formas diferentes, com sutileza.

  • Gatos não gostam de pessoas”: Muitos gatos criam fortes laços afetivos com seus tutores.

  • Gatos fazem xixi fora da caixa por vingança”: Problemas de micção geralmente indicam estresse, doença urinária ou aversão à caixa de areia.

Esses equívocos podem gerar abandono ou maus-tratos. A educação dos tutores é essencial para garantir uma convivência harmoniosa.



6. Considerações Finais

A compreensão científica do comportamento felino é fundamental para a promoção do bem-estar animal e para a prevenção de problemas de convivência. A desmistificação dos comportamentos dos gatos permite aos tutores uma convivência mais empática e ajustada às necessidades naturais da espécie. Recomenda-se que médicos-veterinários orientem seus clientes sobre comportamento e ambiente, utilizando sempre abordagens baseadas em reforço positivo e respeito ao etograma felino.



Referências Bibliográficas

  • Bradshaw, J. W. S. (2013). Cat Sense: How the New Feline Science Can Make You a Better Friend to Your Pet. Basic Books.

  • Landsberg, G., Hunthausen, W., Ackerman, L. (2012). Behavior Problems of the Dog and Cat. Saunders Elsevier.

  • Overall, K. L. (2013). Manual of Clinical Behavioral Medicine for Dogs and Cats. Elsevier Health Sciences.

  • Ellis, S. L. H., et al. (2015). The importance of cat-friendly environments. Journal of Feline Medicine and Surgery, 17(9), 760–772.

  • Yin, S. (2009). Low Stress Handling, Restraint and Behavior Modification of Dogs & Cats. CattleDog Publishing.


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🐶 Guia Completo de Vacinação para Cães: Dos Filhotes aos Idosos

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🐶 Guia Completo de Vacinação para Cães: Dos Filhotes aos Idosos

A vacinação é uma das etapas mais importantes na vida de um cão. Ela protege contra doenças graves, muitas vezes fatais, e contribui para a saúde coletiva dos animais e até dos humanos. Neste guia completo, você vai entender quais vacinas seu cão precisa em cada fase da vida, os tipos de vacina, o cronograma ideal, além de dicas para manter a carteirinha em dia.




📌 Por que vacinar seu cão?

As vacinas estimulam o sistema imunológico do cão a produzir defesas contra vírus e bactérias. Mesmo que o animal nunca tenha contato direto com outros cães, ele pode se contaminar por meio de ambientes, objetos ou pessoas contaminadas. Além disso:

  • Evita doenças contagiosas e muitas vezes letais.

  • Reduz surtos de zoonoses (doenças transmitidas de animais para humanos).

  • Prolonga a vida e qualidade de vida do cão.

  • É exigido por hotéis, creches e viagens internacionais.


🐾 Vacinação para Filhotes (de 6 semanas a 6 meses)

Início ideal: a partir de 6 semanas de vida.

Idade do Filhote Vacina Descrição
6-8 semanas V8 ou V10 (1ª dose) Protege contra cinomose, parvovirose, hepatite, leptospirose, entre outras.
9-11 semanas V8 ou V10 (2ª dose) Reforço necessário para efetividade da imunização.
12-14 semanas V8 ou V10 (3ª dose) Último reforço do protocolo inicial.
A partir de 12 semanas Antirrábica Obrigatória por lei; protege contra a raiva.
Após 14 semanas Giárdia e Tosse dos Canis (opcional) Recomendadas para cães com risco ou que convivem com outros animais.

📌 Dica: O filhote só deve sair na rua ou ter contato com outros cães após concluir a última dose da V8/V10 e da antirrábica.


🐕 Vacinação para Cães Adultos (de 6 meses a 7 anos)

Depois de completar o protocolo inicial, o cão entra na fase de reforços anuais.

Frequência Vacina Observação
Anual V8 ou V10 Proteção contínua contra as principais viroses.
Anual Antirrábica Pode ser feita em campanhas públicas ou clínicas privadas.
Anual Tosse dos Canis (BronchiGuard ou Pneumodog) Recomendado para cães que frequentam hotéis, pet shops, creches.
Semestral a Anual Vacina contra Giárdia Importante para ambientes com muitos cães ou água contaminada.
Avaliação individual Leishmaniose (Leish-Tec) Indicada em regiões endêmicas. Requer sorologia prévia.

🧓 Vacinação para Cães Idosos (a partir dos 7 anos)

Cães idosos podem ter resposta imune mais lenta e, por isso, os reforços continuam sendo importantes.

Frequência Vacina Observação
Anual V8 ou V10 Avaliar o estado de saúde antes de aplicar.
Anual Antirrábica Continua sendo obrigatória.
Opcional Tosse dos Canis, Giárdia, Leishmaniose Conforme estilo de vida e saúde geral do cão.

⚠️ Atenção: cães idosos com comorbidades (diabetes, doenças cardíacas, renais) devem ser avaliados por um veterinário antes de serem vacinados.


💉 Tipos de Vacinas: Entenda as Diferenças

  • Vacinas Polivalentes (V6, V8, V10):

    • A V8 e a V10 são as mais comuns no Brasil.

    • A V10 protege contra mais sorovares da leptospirose do que a V8.

  • Vacinas Essenciais (core):

    • V8/V10 e antirrábica.

    • São obrigatórias para todos os cães, independentemente do estilo de vida.

  • Vacinas Não-Essenciais (non-core):

    • Tosse dos canis, giárdia, leishmaniose.

    • Indicadas conforme exposição e região geográfica.

  • Vacinas Importadas vs Nacionais:

    • As importadas geralmente têm maior eficácia e menor risco de reações adversas, mas custam mais.


📘 Carteirinha de Vacinação

A carteirinha é o documento oficial de controle vacinal do seu cão. Nela devem constar:

  • Nome e número do lote das vacinas.

  • Data da aplicação e próxima dose.

  • Nome e assinatura do médico veterinário.

  • Selo do fabricante da vacina.

💡 Mantenha a carteirinha atualizada: ela pode ser exigida em viagens, hospedagens e consultas.


🩺 Quando Evitar Vacinar?

  • Cães doentes, com febre ou diarreia.

  • Durante tratamento com corticoides ou quimioterapia.

  • Fêmeas prenhas (a menos que o veterinário recomende).

  • Animais muito debilitados ou com idade muito avançada (caso a caso).


✅ Dicas Finais

  • Sempre vacine seu cão com um médico veterinário.

  • Evite vacinas aplicadas em pet shops sem acompanhamento profissional.

  • Após a vacinação, observe seu cão por 24 a 48 horas para detectar possíveis reações.

  • Reações leves como sonolência e dor local são normais. Febre alta, vômito ou inchaços exigem retorno ao veterinário.


🐕💉 Conclusão

Vacinar seu cão é um ato de amor e responsabilidade. Com o calendário em dia, você protege não só a saúde do seu amigo de quatro patas, mas também a de toda a comunidade. Independentemente da idade, sempre haverá uma vacina indicada para manter seu pet seguro.


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As 10 Doenças Mais Comuns em Cães e Gatos e Como Preveni-las | Dr. Roque Antônio de Almeida Junior

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🐾 As 10 Doenças Mais Comuns em Cães e Gatos e Como Preveni-las 

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A saúde dos pets é uma das maiores preocupações dos tutores responsáveis. Assim como os humanos, cães e gatos também podem sofrer com diversas doenças ao longo da vida. Algumas delas são evitáveis com cuidados simples, como vacinação, higiene e visitas regulares ao veterinário. Confira a seguir as 10 doenças mais comuns em cães e gatos e como preveni-las.

                                                


🐶 Cães

1. Cinomose

  • O que é: Vírus altamente contagioso que afeta o sistema respiratório, gastrointestinal e nervoso.

  • Prevenção: Vacinação obrigatória (V8 ou V10) a partir de 6 semanas de vida. Evitar contato com animais não vacinados.

2. Parvovirose

  • O que é: Doença viral grave que causa vômitos e diarreia severa.

  • Prevenção: Vacinação precoce e reforços anuais. Evitar locais públicos antes da vacinação completa.

3. Otite

  • O que é: Inflamação do ouvido, geralmente causada por bactérias, fungos ou ácaros.

  • Prevenção: Limpeza regular das orelhas, manter o ouvido seco e visitas regulares ao veterinário.

4. Leptospirose

  • O que é: Doença bacteriana transmitida pela urina de ratos e água contaminada.

  • Prevenção: Vacinação anual e evitar contato com águas paradas.

5. Verminoses

  • O que é: Infestação por vermes intestinais que podem causar anemia, vômitos e fraqueza.

  • Prevenção: Vermifugação periódica conforme orientação veterinária.



🐱 Gatos

6. Doença Renal Crônica

  • O que é: Degeneração progressiva dos rins, comum em gatos idosos.

  • Prevenção: Alimentação balanceada, hidratação adequada e check-ups regulares com exames de sangue e urina.

7. FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina)

  • O que é: Semelhante ao HIV humano, afeta o sistema imunológico.

  • Prevenção: Evitar brigas entre gatos (transmissão por mordidas) e manter gatos dentro de casa.

8. FeLV (Leucemia Viral Felina)

  • O que é: Vírus que compromete o sistema imunológico e pode levar a câncer.

  • Prevenção: Vacinação, evitar contato com gatos infectados e manter o pet em ambiente seguro.

9. Toxoplasmose

  • O que é: Infecção causada por protozoário, pode afetar também humanos.

  • Prevenção: Higiene na caixa de areia, alimentação com ração de qualidade (evitar carnes cruas).

10. Pulgas e Carrapatos

  • O que é: Parasitas externos que causam coceira, alergias e podem transmitir doenças.

  • Prevenção: Uso regular de antipulgas e carrapaticidas, limpeza do ambiente e escovação frequente.


🩺 Dicas Gerais de Prevenção

  • Mantenha a carteira de vacinação atualizada.

  • Realize consultas veterinárias periódicas (pelo menos uma vez ao ano).

  • Ofereça alimentação de qualidade.

  • Promova atividades físicas e mentais.

  • Evite contato com animais doentes ou desconhecidos.


Cuidar da saúde dos seus pets é um ato de amor que garante uma vida longa e feliz ao lado deles. Prevenir é sempre o melhor remédio!



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As 10 Doenças Mais Comuns em Cães e Gatos e Como Preveni-las | Dr. Roque Antônio de Almeida Junior Médico Veterinário Mogi das Cruzes
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Hemotórax em Cães e Gatos: O Que É, Sinais de Alerta e Quando Procurar o Veterinário

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Hemotórax em Cães e Gatos: O Que É, Sinais de Alerta e Quando Procurar o Veterinário

Você já ouviu falar em hemotórax? Esse nome pode parecer estranho, mas representa uma emergência grave que pode colocar a vida do seu pet em risco. Saber reconhecer os sinais e agir rápido pode fazer toda a diferença.

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🩸 O que é Hemotórax?

O hemotórax é o acúmulo de sangue dentro do tórax, mais especificamente na cavidade pleural, onde ficam os pulmões. Esse acúmulo de sangue atrapalha a respiração do animal e pode levá-lo rapidamente à insuficiência respiratória.

Entre as principais causas estão:

  • Acidentes (como atropelamentos ou quedas)

  • Tumores

  • Intoxicações

  • Problemas na coagulação do sangue

⚠️ Sintomas que Devem Acender o Alerta

Se o seu cão ou gato apresentar qualquer um dos sintomas abaixo, procure atendimento veterinário imediatamente:

  • Respiração rápida ou difícil

  • Cansaço extremo

  • Gengivas pálidas ou arroxeadas

  • Falta de ar

  • Desmaios ou fraqueza repentina

  • Comportamento apático ou letárgico

Esses sinais podem indicar que o pulmão não está conseguindo expandir corretamente por causa do sangue acumulado.

🏥 O que é feito no tratamento?

O tratamento depende da causa, mas geralmente inclui:

  • Estabilização do paciente

  • Retirada do sangue do tórax com técnicas específicas

  • Controle da causa do sangramento

  • Exames complementares como raio-x, ultrassom e exames laboratoriais

  • Em alguns casos, pode ser necessário cirurgia

Quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as chances de recuperação.


📚 Quer entender melhor essa condição?

No meu blog, publiquei um artigo técnico e completo sobre Hemotórax em Cães e Gatos: Abordagem Clínica, Diagnóstico e Tratamento, ideal para quem busca um conteúdo aprofundado ou é estudante/profissional da área.

👉 Hemotórax em Cães e Gatos: Abordagem Clínica, Diagnóstico e Tratamento

👨‍⚕️ Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior – CRMV 23098
📍 Atendimentos veterinários em domicílio – Mogi das Cruzes, Suzano e região



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Distúrbios Respiratórios em Pequenos Animais Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

 Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶🐦


Distúrbios Respiratórios em Pequenos Animais: Abordagem Técnica sobre Dispneia, Taquipneia e Respiração Ofegante em Cães e Gatos

Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior – Médico Veterinário – CRMV 23098
www.doutordosanimais.com.br
@roque_junior_veterinario



Resumo

Distúrbios respiratórios são queixas comuns na clínica de pequenos animais e podem representar desde alterações benignas até emergências graves. Entre as manifestações clínicas mais frequentemente observadas estão a dispneia, taquipneia e a respiração ofegante. O reconhecimento precoce e a diferenciação desses sinais são essenciais para o diagnóstico preciso e o manejo adequado. Este artigo apresenta uma abordagem técnica sobre essas alterações, suas principais causas, métodos diagnósticos e condutas recomendadas na rotina veterinária.


Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶🐦



1. Introdução

A avaliação da função respiratória em cães e gatos exige atenção redobrada, pois alterações no padrão respiratório podem ser os primeiros sinais de doenças graves. Termos como dispneia, taquipneia e respiração ofegante são frequentemente usados, mas exigem definições precisas para uma comunicação clínica eficiente e adequada tomada de decisão.


2. Definições e Diferenças Clínicas

2.1 Dispneia
Dispneia é definida como a dificuldade respiratória perceptível, geralmente associada a esforço visível, uso de musculatura acessória e desconforto do animal. Pode ser inspiratória, expiratória ou mista, dependendo da localização da obstrução ou disfunção.

2.2 Taquipneia
Taquipneia é caracterizada por aumento da frequência respiratória, sem necessariamente estar associada a esforço ou desconforto evidente. É um sinal precoce de hipóxia, acidose metabólica, dor, febre ou estresse.

2.3 Respiração Ofegante
A respiração ofegante, muitas vezes confundida com taquipneia, envolve respiração superficial, acelerada e geralmente acompanhada de bocejos, boca aberta e ruídos, sendo comum em situações de estresse térmico, dor ou insuficiência cardíaca.


3. Etiologias Comuns

Causa Dispneia Taquipneia Respiração Ofegante
Doenças cardíacas
Doenças pulmonares
Obstruções de vias aéreas
Dor ou estresse
Hipotermia/hipertermia
Anemia ou hipóxia

4. Diagnóstico Diferencial

A anamnese e o exame físico são fundamentais. Atenção especial deve ser dada a:

  • Sons respiratórios (estridor, roncos, estertores)

  • Cor da mucosa (cianose, palidez)

  • Presença de secreções nasais ou tosse

  • Postura ortopneica

  • Sinais de esforço respiratório

Exames complementares indicados incluem:

  • Radiografia torácica

  • Hemogasometria

  • Ecocardiograma

  • Hemograma completo

  • Oximetria de pulso

  • Endoscopia (em casos de obstrução alta)


5. Condutas e Tratamento

Dispneia: é considerada emergência clínica. O manejo imediato inclui:

  • Oxigenioterapia (máscara, tenda ou cateter)

  • Minimizar o estresse (ambiente calmo e escuro)

  • Medicação específica conforme etiologia (diuréticos, broncodilatadores, anti-inflamatórios)

Taquipneia: requer investigação das causas sistêmicas. Pode ser tratada com:

  • Analgesia

  • Controle de temperatura

  • Suporte circulatório

Respiração Ofegante: pode requerer desde suporte sintomático (resfriamento, analgesia) até intervenção específica (drenagem de tórax, tratamento cardíaco).


6. Considerações Finais

O reconhecimento precoce dos padrões respiratórios alterados permite intervenções mais eficazes e pode salvar vidas. Veterinários clínicos devem estar preparados para diferenciar os sinais e agir com rapidez, utilizando todos os recursos diagnósticos disponíveis. A educação do tutor sobre sinais de alerta respiratórios também é essencial para promover a detecção precoce e o encaminhamento imediato.


Referências Bibliográficas

  1. Tilley, L. P., & Smith, F. W. K. (2016). Manual de Cardiologia Veterinária para Pequenos Animais. Roca.

  2. Ettinger, S. J., & Feldman, E. C. (2017). Tratado de Medicina Interna Veterinária – Doenças do Cão e do Gato. Elsevier.

  3. King, L. G. (2013). Texto de Urgências e Emergências em Pequenos Animais. Manole.


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Conjuntivite Infecciosa Felina: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção

 


Conjuntivite Infecciosa Felina: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção

A conjuntivite é uma das queixas oftálmicas mais comuns nos atendimentos veterinários de felinos. Quando de origem infecciosa, o quadro se agrava pela facilidade de disseminação entre os animais e o risco de coinfecções com múltiplos agentes patogênicos.




🔍 O Que é a Conjuntivite Infecciosa Felina?

É a inflamação da conjuntiva ocular causada por patógenos, principalmente:

  • Chlamydophila felis

  • Herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1)

  • Calicivírus felino

  • Mycoplasma spp.

Geralmente, acomete gatinhos jovens e animais em ambientes coletivos, como gatis, abrigos e lares com múltiplos pets.


🐾 Sinais Clínicos Comuns

  • Olhos vermelhos e lacrimejantes

  • Secreção ocular (serosa, mucosa ou purulenta)

  • Piscar excessivo (blefaroespasmo)

  • Edema conjuntival (quemoses)

  • Espirros e corrimento nasal (em coinfecções respiratórias)

É comum que a infecção comece em um olho e, em poucos dias, afete o outro.


🧪 Diagnóstico Diferencial

Como vários agentes causam sinais semelhantes, o diagnóstico preciso exige:

  • Citologia (presença de corpos elementares)

  • PCR (confirmação genética do agente)

  • Testes rápidos combinados (painéis respiratórios felinos)

O diagnóstico clínico isolado pode levar a tratamentos ineficazes ou incompletos.


💊 Tratamento da Conjuntivite Infecciosa

O tratamento varia conforme o agente causador:

  • Chlamydophila felis:
    ✔ Doxiciclina oral por 3–4 semanas
    ✔ Pomadas oftálmicas antibióticas

  • FHV-1:
    ✔ Antivirais (famciclovir)
    ✔ L-lisina como suplemento coadjuvante

  • Mycoplasma spp.:
    ✔ Também responde bem à doxiciclina

Importante: nunca interrompa o tratamento antes do tempo indicado, mesmo que os sintomas melhorem rapidamente.


🛡️ Prevenção é a Melhor Estratégia

  • Vacinação anual com vacinas múltiplas que incluam Chlamydophila felis e FHV-1

  • Ambientes higienizados e com boa ventilação

  • Evitar aglomerações de gatos sem triagem de saúde

  • Isolamento de animais sintomáticos


⚠️ Zoonose? Precisa se preocupar?

Embora raro, Chlamydophila felis pode causar conjuntivite em humanos, principalmente imunossuprimidos. A higiene ao manipular gatos doentes é fundamental.


📎 Quer saber mais sobre Chlamydophila felis?

👉 Leia o artigo completo no meu site:
Chlamydophila felis: Uma Visão Atual sobre a Infecção Ocular Felina


📌 Conclusão

A conjuntivite infecciosa felina exige atenção profissional. O diagnóstico precoce, a identificação do agente e a escolha adequada do tratamento são fundamentais para o sucesso terapêutico e o controle da disseminação. Cuidar da saúde ocular do seu gato é também garantir o bem-estar dele como um todo.


Conjuntivite Infecciosa Felina: Causas, Sintomas e Tratamento nos Gatos


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Exoftalmia em Cães e Gatos: Quando os Olhos Parecem Saltar para Fora

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Você já notou que o olho do seu pet parece estar “saltando” para fora? Esse sinal pode indicar um problema chamado exoftalmia, e é importante procurar atendimento veterinário o quanto antes.

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O que é a exoftalmia?

A exoftalmia é a protrusão anormal do globo ocular, ou seja, quando o olho parece estar mais para fora do que o normal. Esse problema é mais comum em cães braquicefálicos (como Shih Tzu, Pug e Bulldog), mas também pode acontecer em qualquer raça de cão e até mesmo em gatos.

O que pode causar isso?

Diversas situações podem levar à exoftalmia, incluindo:

  • Infecções ou inflamações atrás do olho (como abscessos retrobulbares)

  • Traumas ou pancadas na cabeça ou na face

  • Tumores ou massas na região orbital

  • Doenças musculares que afetam os músculos ao redor do olho

  • Corpos estranhos, como gravetos ou sementes que entram pela boca e se alojam atrás do olho

Quais os sinais de alerta?

Fique atento aos seguintes sinais:

  • Um dos olhos (ou os dois) parece mais "saltado"

  • Dificuldade ou dor para abrir a boca

  • Olho com aparência de inchaço, vermelhidão ou secreção

  • Animal evita comer ou brincar

  • Mudanças no comportamento, como apatia ou agressividade por dor

Como é feito o diagnóstico?

Durante a consulta, o veterinário fará um exame completo e pode solicitar exames de imagem como ultrassom ocular, radiografia ou tomografia, além de exames oftálmicos específicos. O objetivo é identificar a causa e iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Existe tratamento?

Sim! O tratamento depende da causa. Pode envolver o uso de antibióticos, anti-inflamatórios, drenagem de abscessos ou até cirurgia, nos casos mais graves. O mais importante é não tentar manipular o olho em casa, pois isso pode agravar ainda mais o quadro.

Prognóstico e cuidados

Quando tratado precocemente, muitos casos de exoftalmia têm boa recuperação. Mas em casos mais graves, pode haver perda da visão ou até necessidade de remoção do olho. Por isso, a rápida identificação e atendimento profissional são essenciais.


⚠️ Fique atento!

Se você observar qualquer alteração nos olhos do seu pet, procure um veterinário imediatamente. Alterações nos olhos são sempre uma urgência!

📍 Atendo em domicílio nas regiões de Mogi das Cruzes-sp e região. Cuido com carinho do seu pet no conforto da sua casa. Entre em contato para agendar uma consulta!


Leia Também :

Aspectos Técnicos da Exoftalmia em Cães: Diagnóstico Diferencial e Abordagem Veterinária


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Dispneia em Cães e Gatos: Quando a Respiração do Seu Pet Precisa de Atenção.

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A respiração é um dos sinais vitais mais importantes para a saúde dos nossos pets. Quando cães ou gatos apresentam dificuldade para respirar, isso pode ser um sinal de alerta. Essa condição é chamada de dispneia e merece atenção imediata.



O que é a dispneia?

Dispneia é o termo médico usado para descrever a dificuldade ou esforço anormal para respirar. Isso pode acontecer em qualquer fase da respiração — na inspiração (quando o animal puxa o ar), na expiração (quando solta o ar), ou em ambas.

Quais os sinais de dispneia em cães e gatos?

Alguns sinais podem indicar que o seu pet está com dificuldades respiratórias:

  • Respiração acelerada ou ofegante mesmo em repouso

  • Barulhos ao respirar, como chiados ou roncos

  • Narinas muito abertas durante a respiração

  • Pescoço esticado ou boca aberta tentando puxar o ar

  • Língua ou gengivas com coloração azulada (cianose)

  • Cansaço fácil, recusa para brincar ou se movimentar

  • Postura incomum, como manter as patas da frente afastadas para facilitar a respiração

Esses sintomas devem ser observados com atenção, pois podem evoluir rapidamente e colocar a vida do animal em risco.

O que pode causar dispneia em cães e gatos?

A dificuldade respiratória pode ter várias causas, e o diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico veterinário. Algumas causas comuns incluem:

  • Doenças respiratórias: como bronquite, pneumonia, asma felina, colapso de traqueia

  • Problemas cardíacos: como insuficiência cardíaca congestiva

  • Obstruções nas vias aéreas: corpos estranhos, tumores, inflamações

  • Traumas: atropelamentos, quedas ou pancadas podem afetar o pulmão ou a caixa torácica

  • Doenças infecciosas: como cinomose, rinotraqueíte ou gripe canina

  • Envenenamentos ou reações alérgicas graves

O que fazer ao notar dispneia no seu pet?

👉 Procure imediatamente um veterinário. A dispneia nunca deve ser ignorada, pois pode indicar uma emergência. Evite tentar medicar o animal por conta própria — isso pode piorar a situação.

👉 Mantenha o pet calmo. O estresse pode agravar a respiração. Deixe-o em um ambiente fresco, sem barulhos e sem forçá-lo a se mover.

👉 Evite transporte desnecessário. Se possível, peça atendimento veterinário domiciliar para evitar o estresse do deslocamento.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

O veterinário avaliará os sinais clínicos e pode solicitar exames como raio-X, ultrassonografia, exames de sangue ou ecocardiograma, dependendo da suspeita clínica. O tratamento vai depender da causa: pode envolver medicações, oxigenoterapia, drenagem de líquidos, cirurgia ou cuidados intensivos.

Existe prevenção?

Em alguns casos, sim! Manter o pet com a vacinação em dia, protegê-lo de traumas, evitar exposição ao calor excessivo, poluição, e visitas regulares ao veterinário ajudam a prevenir várias causas de dispneia.


Fique atento: seu pet não pode te dizer com palavras que está com falta de ar, mas o corpo dele mostra sinais. Saber reconhecer esses sinais pode salvar vidas.


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⚠️ Dispneia Cardiogênica em Cães e Gatos


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Ortopedia Veterinária: Tipos de Fraturas e Tratamentos em Animais

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Ortopedia Veterinária: Tipos de Fraturas e Tratamentos em Animais


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A ortopedia veterinária é a especialidade responsável por diagnosticar, tratar e reabilitar alterações no sistema musculoesquelético de animais, como fraturas, luxações, displasias e outras doenças ósseas e articulares. Entre os problemas ortopédicos mais comuns, as fraturas se destacam, podendo ocorrer por traumas, atropelamentos, quedas ou até doenças que fragilizam os ossos.

O que é uma fratura?

A fratura é a ruptura parcial ou total de um osso, causada geralmente por um impacto ou pressão excessiva. As fraturas podem afetar qualquer animal, sendo comuns em cães, gatos, cavalos e animais silvestres.


Classificação das Fraturas

As fraturas são classificadas de acordo com diversos critérios, como o tipo de linha de fratura, exposição do osso, número de fragmentos e localização. A seguir, veja os principais tipos:

1. Fratura Fechada

  • Descrição: A pele permanece intacta, sem exposição do osso.

  • Tratamento: Pode ser tratada com imobilização (talas ou gesso) em casos simples, mas muitas vezes exige cirurgia ortopédica com fixadores internos (como placas e parafusos) ou externos.


2. Fratura Exposta (Aberta)

  • Descrição: O osso fraturado rompe a pele, ficando exposto ao meio externo.

  • Tratamento: É uma urgência médica devido ao alto risco de infecção. Requer limpeza cirúrgica, antibióticos e geralmente cirurgia para estabilização com fixadores externos ou internos.


3. Fratura Transversa

  • Descrição: Linha da fratura é reta e perpendicular ao osso.

  • Tratamento: Geralmente requer cirurgia com placas e parafusos para alinhamento e estabilidade.


4. Fratura Oblíqua

  • Descrição: Linha da fratura em ângulo inclinado.

  • Tratamento: Pode ser tratada com pinos intramedulares ou placas, dependendo da estabilidade.


5. Fratura Espiral

  • Descrição: Linha helicoidal ao redor do osso.

  • Tratamento: Requer estabilização interna cuidadosa para impedir rotação do osso durante a cicatrização.


6. Fratura Cominutiva

  • Descrição: O osso se fragmenta em três ou mais partes.

  • Tratamento: Normalmente exige cirurgia complexa, com fixação interna e/ou externa, e pode precisar de enxertos ósseos em alguns casos.


7. Fratura em Galho Verde (Greenstick)

  • Descrição: Mais comum em filhotes, onde o osso entorta mas não se quebra completamente.

  • Tratamento: Muitas vezes pode ser tratada com imobilização, mas casos instáveis exigem cirurgia.


8. Fratura por Avulsão

  • Descrição: Um fragmento do osso se separa no ponto de inserção de um ligamento ou tendão.

  • Tratamento: Pode necessitar de reparo cirúrgico e fixação do fragmento.


9. Fratura Impactada

  • Descrição: As extremidades do osso se comprimem uma contra a outra.

  • Tratamento: Em alguns casos, pode-se tentar imobilização conservadora, mas o realinhamento cirúrgico é necessário se houver perda de função.


10. Fratura Patológica

  • Descrição: Causada por doenças que enfraquecem o osso, como tumores ou osteomielite.

  • Tratamento: O ideal é tratar a causa base (como o tumor) e estabilizar o osso com cirurgia. Prognóstico variável.


Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico envolve:

  • Exame clínico ortopédico

  • Radiografias

  • Em alguns casos, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM)


Tratamentos Ortodônticos em Veterinária

A escolha do tratamento depende de vários fatores, como:

  • Tipo de fratura

  • Idade e porte do animal

  • Presença de doenças associadas

  • Condições financeiras do tutor

Principais métodos:

  • Imobilização com talas ou gesso

  • Cirurgia com pinos intramedulares

  • Fixadores externos (como Ilizarov)

  • Placas e parafusos ortopédicos

  • Reposição de fragmentos e enxertos ósseos


Pós-operatório e Reabilitação

Após o tratamento da fratura, o animal precisa de repouso controlado, uso de anti-inflamatórios/analgésicos e muitas vezes de fisioterapia veterinária para recuperar a mobilidade e força muscular.


Conclusão

A ortopedia veterinária é essencial para garantir qualidade de vida e mobilidade aos animais acometidos por fraturas. Cada tipo de fratura exige uma abordagem específica, e o acompanhamento profissional é indispensável para uma recuperação completa. A atuação rápida e precisa do médico-veterinário faz toda a diferença no prognóstico e bem-estar dos pacientes.



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Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

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