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Miopatia Endócrina em Cães e Gatos: Causas, Sintomas e Tratamento

Miopatia Não Inflamatória Endócrina em Animais Domésticos: Uma Revisão Científica

Autor: Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior – CRMV-SP 23098


Resumo

As miopatias não inflamatórias endócrinas representam um grupo de distúrbios musculares secundários a alterações hormonais sistêmicas, particularmente relacionadas a doenças endócrinas como o hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus. Esses distúrbios podem afetar cães e gatos, resultando em fraqueza muscular, intolerância ao exercício e alterações histopatológicas musculares. O objetivo deste artigo é revisar os principais mecanismos fisiopatológicos, manifestações clínicas, diagnóstico e condutas terapêuticas relacionadas às miopatias endócrinas não inflamatórias na clínica veterinária de pequenos animais.

Palavras-chave: miopatia endócrina, hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, cães, gatos, patologia muscular




1. Introdução

Miopatias são distúrbios que afetam diretamente a estrutura ou a função dos músculos esqueléticos. Dentre essas, as miopatias não inflamatórias endócrinas constituem um grupo clínico importante, ainda que subdiagnosticado, em cães e gatos. Elas são secundárias a disfunções hormonais e se caracterizam por alterações musculares sem presença significativa de inflamação. Os hormônios tireoidianos, glicocorticoides e insulina desempenham papel essencial na homeostase muscular, e sua deficiência ou excesso podem comprometer o metabolismo e integridade do tecido muscular.


2. Revisão de Literatura

2.1 Miopatias associadas ao hipotireoidismo

O hipotireoidismo canino é uma das principais causas endócrinas de miopatia. A deficiência dos hormônios T3 e T4 provoca redução na síntese proteica, metabolismo basal e condução neuromuscular. As alterações musculares incluem atrofia de fibras do tipo II, degeneração segmentar e acúmulo de mucopolissacarídeos.

Manifestações clínicas: fraqueza, letargia, intolerância ao exercício e, em casos mais graves, miopatia laríngea ou facial.

2.2 Miopatias associadas ao hiperadrenocorticismo (síndrome de Cushing)

O excesso de cortisol endógeno ou exógeno resulta em catabolismo proteico, principalmente nas fibras do tipo II, levando à atrofia muscular. É frequente em cães de meia idade a idosos.

Manifestações clínicas: fraqueza muscular proximal, abdômen pendular, intolerância ao exercício, dificuldade de subir escadas ou saltar.

2.3 Miopatias associadas ao diabetes mellitus

Embora menos comum, a hiperglicemia crônica pode levar a neuropatia periférica e degeneração muscular. Há relatos principalmente em gatos.

Manifestações clínicas: fraqueza nos membros posteriores, plantigradia, perda muscular generalizada.


3. Diagnóstico

3.1 Exame clínico e histórico

A anamnese detalhada com sinais de doença endócrina (ganho de peso, letargia, alterações dermatológicas) deve orientar a suspeita diagnóstica.

3.2 Exames laboratoriais

  • Hormônios T4, TSH (hipotireoidismo)
  • Cortisol basal e testes de supressão/estimulação (hiperadrenocorticismo)
  • Glicemia e insulina (diabetes mellitus)

3.3 Eletromiografia e biópsia muscular

Podem revelar baixa amplitude de ação muscular e alterações histopatológicas compatíveis com atrofia ou degeneração sem infiltrado inflamatório.


4. Discussão

A abordagem das miopatias endócrinas deve considerar a etiologia primária como foco terapêutico. O tratamento de reposição hormonal no hipotireoidismo, uso de trilostano no hiperadrenocorticismo e controle glicêmico no diabetes costumam levar à melhora clínica progressiva. A reversibilidade parcial ou completa das alterações musculares depende da duração da disfunção endócrina e da resposta ao tratamento.

A identificação precoce é essencial para evitar sequelas musculares irreversíveis. A miopatia, embora muitas vezes subclínica, pode ser o primeiro indicativo de uma endocrinopatia subjacente. O uso de exames complementares, especialmente biópsias musculares, pode esclarecer casos atípicos.


5. Conclusão

As miopatias não inflamatórias endócrinas devem sempre ser consideradas no diagnóstico diferencial de animais com fraqueza, intolerância ao exercício ou atrofia muscular. O reconhecimento clínico, aliado ao diagnóstico laboratorial e histopatológico, permite o manejo eficaz e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. A integração entre endocrinologia e neurologia veterinária é fundamental para o sucesso terapêutico.


6. Referências Bibliográficas

  1. Evans, H. E., & de Lahunta, A. (2013). Miller’s Anatomy of the Dog. Elsevier Health Sciences.
  2. Feldman, E.C., & Nelson, R.W. (2014). Endocrinologia e Medicina Interna de Pequenos Animais. Elsevier.
  3. Dewey, C.W., & da Costa, R.C. (2020). Practical Guide to Canine and Feline Neurology. Wiley-Blackwell.
  4. Platt, S.R., & Olby, N.J. (2013). BSAVA Manual of Canine and Feline Neurology. BSAVA.
  5. Chrisman, C.L. (2006). Neurologic Examination and Neuroanatomical Diagnosis. In Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice.

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Comportamento Felino: Desmistificando os Mistérios dos Gatos

Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


Título:
Comportamento Felino: Desmistificando os Mistérios dos Gatos

Autor:
Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior, CRMV-SP 23098


Resumo

O comportamento felino, por muito tempo envolto em mitos e interpretações equivocadas, tem ganhado crescente atenção na medicina veterinária e etologia. Este artigo busca compreender e esclarecer os principais aspectos comportamentais dos gatos domésticos (Felis catus), analisando suas interações sociais, comunicação, instintos naturais e adaptações ao ambiente doméstico. Através de revisão bibliográfica e observação clínica, desmistificam-se comportamentos frequentemente interpretados como distantes, agressivos ou aleatórios, promovendo uma melhor convivência entre tutores e felinos. A abordagem correta do comportamento felino é essencial para o bem-estar animal e prevenção de distúrbios comportamentais.

Palavras-chave: comportamento felino, etologia, gatos, bem-estar animal, comunicação felina





1. Introdução

Os gatos domésticos são animais fascinantes que dividem lares humanos há milhares de anos. Embora amplamente populares como animais de companhia, seu comportamento ainda é cercado de mitos e mal-entendidos. Comumente considerados solitários ou imprevisíveis, os gatos apresentam um repertório comportamental complexo, com base em sua evolução, instintos de caça e mecanismos de comunicação sutis. Este artigo visa desmistificar tais comportamentos e contribuir para uma compreensão científica e empática dos felinos.



2. Aspectos Evolutivos do Comportamento Felino

O Felis catus descende do gato selvagem africano (Felis lybica), espécie solitária e territorial. A domesticação ocorreu de forma diferente da dos cães, sendo mais baseada na aproximação voluntária dos gatos aos humanos, especialmente em locais com oferta de alimento. Isso explica traços comportamentais ainda presentes, como a necessidade de controle do território, caça mesmo em gatos alimentados, e certa independência nas interações sociais.



3. Comunicação e Linguagem Corporal

Os gatos se comunicam por meio de uma combinação de vocalizações, posturas corporais, expressões faciais e feromônios. O miado, embora não comum entre gatos selvagens adultos, é utilizado pelos domésticos especialmente para interagir com humanos. Outras vocalizações incluem ronronar, sibilar e grunhir, cada uma com funções distintas.

A linguagem corporal é um dos principais meios de comunicação felina: cauda ereta indica boas intenções, orelhas para trás ou pupilas dilatadas podem sinalizar medo ou agressividade. O uso de feromônios para marcação territorial (como o esfregar da cabeça) também é vital para seu bem-estar e orientação no ambiente.



4. Comportamentos Naturais e Ambientação Doméstica

Entre os comportamentos naturais mais comuns estão:

  • Caça: Mesmo gatos bem alimentados mantêm o comportamento de caça como instinto natural.

  • Afastamento e descanso: Gatos dormem até 16 horas por dia, muitas vezes em locais altos e seguros.

  • Arranhadura: Usada para demarcar território e afiar unhas.

  • Enterrar fezes: Prática herdada de felinos selvagens para evitar atrair predadores ou competidores.

No ambiente doméstico, é fundamental oferecer estímulos físicos e mentais, como brinquedos, arranhadores, locais para escalar e esconderijos. A ausência de tais recursos pode resultar em estresse, agressividade, micção inadequada ou apatia.



5. Mitos Comuns e Interpretações Errôneas

Alguns dos principais mitos incluem:

  • Gatos são falsos”: Na verdade, gatos apenas demonstram afeto de formas diferentes, com sutileza.

  • Gatos não gostam de pessoas”: Muitos gatos criam fortes laços afetivos com seus tutores.

  • Gatos fazem xixi fora da caixa por vingança”: Problemas de micção geralmente indicam estresse, doença urinária ou aversão à caixa de areia.

Esses equívocos podem gerar abandono ou maus-tratos. A educação dos tutores é essencial para garantir uma convivência harmoniosa.



6. Considerações Finais

A compreensão científica do comportamento felino é fundamental para a promoção do bem-estar animal e para a prevenção de problemas de convivência. A desmistificação dos comportamentos dos gatos permite aos tutores uma convivência mais empática e ajustada às necessidades naturais da espécie. Recomenda-se que médicos-veterinários orientem seus clientes sobre comportamento e ambiente, utilizando sempre abordagens baseadas em reforço positivo e respeito ao etograma felino.



Referências Bibliográficas

  • Bradshaw, J. W. S. (2013). Cat Sense: How the New Feline Science Can Make You a Better Friend to Your Pet. Basic Books.

  • Landsberg, G., Hunthausen, W., Ackerman, L. (2012). Behavior Problems of the Dog and Cat. Saunders Elsevier.

  • Overall, K. L. (2013). Manual of Clinical Behavioral Medicine for Dogs and Cats. Elsevier Health Sciences.

  • Ellis, S. L. H., et al. (2015). The importance of cat-friendly environments. Journal of Feline Medicine and Surgery, 17(9), 760–772.

  • Yin, S. (2009). Low Stress Handling, Restraint and Behavior Modification of Dogs & Cats. CattleDog Publishing.


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Hérnia de Hiato em Cães e Gatos: Revisão e Abordagem Clínica

Hérnia de Hiato em Cães e Gatos: Revisão Clínica Completa | Doutor dos Animais, Dr. Roque Antônio de Almeida Junior

 Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


Hérnia de Hiato em Cães e Gatos: Revisão e Abordagem Clínica

Autor: Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior, CRMV 23098
Afiliado: www.doutordosanimais.com.br


Resumo

A hérnia de hiato é uma condição rara em cães e gatos, caracterizada pelo deslocamento de parte do estômago através do hiato esofágico do diafragma para o tórax. Embora incomum, essa afecção pode causar sinais clínicos gastrointestinais significativos, como regurgitação, vômitos e disfagia. Este artigo visa revisar a fisiopatologia, classificação, sinais clínicos, diagnóstico e opções terapêuticas da hérnia de hiato em pequenos animais, com base em literatura científica atualizada e casos clínicos relatados. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, seja clínico ou cirúrgico, são essenciais para o prognóstico positivo.

Palavras-chave: hérnia hiatal, cães, gatos, gastroenterologia veterinária, regurgitação, diagnóstico por imagem.




1. Introdução

A hérnia de hiato consiste no deslocamento de parte do estômago para o interior da cavidade torácica por meio do hiato esofágico, normalmente reservado para a passagem do esôfago. Embora mais comum em humanos, essa condição também pode afetar cães e, mais raramente, gatos. O conhecimento desta patologia é fundamental para clínicos e cirurgiões veterinários, dada a sua associação com refluxo gastroesofágico e complicações respiratórias.



2. Revisão de Literatura

2.1 Definição e Classificação

De acordo com Evans & de Lahunta (2013), a hérnia de hiato pode ser classificada em quatro tipos:

  • Tipo I (deslizante): parte do esôfago abdominal e do cárdia do estômago se deslocam para o tórax.

  • Tipo II (paraesofágica): a cárdia permanece no lugar, mas o fundo gástrico hernia ao lado do esôfago.

  • Tipo III (mista): combinação dos tipos I e II.

  • Tipo IV: presença de outros órgãos, como cólon ou baço, também herniando pelo hiato.

2.2 Fisiopatologia

O enfraquecimento das estruturas que compõem o hiato diafragmático, associado a fatores congênitos ou adquiridos (traumas, aumento da pressão intra-abdominal), permite o deslocamento do estômago. Isso compromete o funcionamento do esfíncter esofágico inferior, favorecendo o refluxo ácido e lesões esofágicas.

2.3 Predisposição Racial

Algumas raças braquicefálicas como Bulldog Inglês, Pug e Shih Tzu apresentam predisposição à hérnia de hiato devido à pressão negativa torácica exacerbada pela síndrome braquicefálica. Em gatos, relatos são raros, mas podem ocorrer em Persas.



3. Materiais e Métodos (Base Teórica)

Este trabalho foi baseado em uma revisão integrativa da literatura, com busca nas bases de dados PubMed, Scielo, ScienceDirect e VIN (Veterinary Information Network), com artigos publicados entre 2000 e 2024. Foram incluídos artigos originais, revisões sistemáticas e relatos de caso sobre hérnia de hiato em cães e gatos, usando os descritores: “hiatal hernia”, “dogs”, “cats”, “gastroesophageal reflux”, “veterinary gastroenterology”.



4. Discussão

4.1 Sinais Clínicos

  • Regurgitação crônica

  • Disfagia

  • Vômito pós-prandial

  • Perda de peso

  • Salivação excessiva

  • Tosse e sinais respiratórios (aspiração)

Em casos graves, pode ocorrer pneumonia por aspiração, exigindo tratamento intensivo.

4.2 Diagnóstico

O exame radiográfico torácico com contraste (esofagograma) é fundamental, mas a endoscopia digestiva alta é considerada padrão ouro para visualização direta do refluxo e presença da hérnia. A fluoroscopia também pode ser utilizada para avaliação dinâmica do esôfago.

4.3 Tratamento

Conservador (casos leves):

  • Inibidores de bomba de prótons (omeprazol)

  • Procinéticos (metoclopramida, cisaprida)

  • Dietas fracionadas e elevadas

  • Evitar exercícios após alimentação

Cirúrgico (casos moderados a graves):

  • Herniorrafia hiatal

  • Gastropexia (fixação do estômago)

  • Esofagopexia (fixação do esôfago ao diafragma)

A escolha depende da gravidade clínica, tamanho da hérnia e resposta ao tratamento conservador.



5. Conclusão

A hérnia de hiato em cães e gatos, apesar de rara, deve ser considerada em pacientes com regurgitação persistente e sinais gastrointestinais altos. A suspeita clínica, aliada a exames de imagem e endoscopia, permite o diagnóstico preciso. O tratamento adequado, especialmente quando realizado precocemente, pode oferecer prognóstico favorável. O conhecimento desta condição é essencial para a atuação eficaz do clínico geral e do gastroenterologista veterinário.



6. Referências

  • EVANS, H.E.; DE LAHUNTA, A. Miller’s Anatomy of the Dog. 4ª ed. Elsevier, 2013.

  • HALL, E.J. et al. Gastrointestinal diseases. In: Ettinger, S.J., Feldman, E.C. Textbook of Veterinary Internal Medicine, 8th ed. Elsevier, 2017.

  • STONE, E.A.; WITHROW, S.J. Small Animal Surgical Oncology. Saunders, 2020.

  • KIMMEL, S.E. et al. Hiatal hernia in dogs and cats: a retrospective study. J Am Anim Hosp Assoc, 2000.

  • VIN – Veterinary Information Network. Acesso em abril de 2025.



Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


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🐶 Guia Completo de Vacinação para Cães: Dos Filhotes aos Idosos

  Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊


🐶 Guia Completo de Vacinação para Cães: Dos Filhotes aos Idosos

A vacinação é uma das etapas mais importantes na vida de um cão. Ela protege contra doenças graves, muitas vezes fatais, e contribui para a saúde coletiva dos animais e até dos humanos. Neste guia completo, você vai entender quais vacinas seu cão precisa em cada fase da vida, os tipos de vacina, o cronograma ideal, além de dicas para manter a carteirinha em dia.




📌 Por que vacinar seu cão?

As vacinas estimulam o sistema imunológico do cão a produzir defesas contra vírus e bactérias. Mesmo que o animal nunca tenha contato direto com outros cães, ele pode se contaminar por meio de ambientes, objetos ou pessoas contaminadas. Além disso:

  • Evita doenças contagiosas e muitas vezes letais.

  • Reduz surtos de zoonoses (doenças transmitidas de animais para humanos).

  • Prolonga a vida e qualidade de vida do cão.

  • É exigido por hotéis, creches e viagens internacionais.


🐾 Vacinação para Filhotes (de 6 semanas a 6 meses)

Início ideal: a partir de 6 semanas de vida.

Idade do Filhote Vacina Descrição
6-8 semanas V8 ou V10 (1ª dose) Protege contra cinomose, parvovirose, hepatite, leptospirose, entre outras.
9-11 semanas V8 ou V10 (2ª dose) Reforço necessário para efetividade da imunização.
12-14 semanas V8 ou V10 (3ª dose) Último reforço do protocolo inicial.
A partir de 12 semanas Antirrábica Obrigatória por lei; protege contra a raiva.
Após 14 semanas Giárdia e Tosse dos Canis (opcional) Recomendadas para cães com risco ou que convivem com outros animais.

📌 Dica: O filhote só deve sair na rua ou ter contato com outros cães após concluir a última dose da V8/V10 e da antirrábica.


🐕 Vacinação para Cães Adultos (de 6 meses a 7 anos)

Depois de completar o protocolo inicial, o cão entra na fase de reforços anuais.

Frequência Vacina Observação
Anual V8 ou V10 Proteção contínua contra as principais viroses.
Anual Antirrábica Pode ser feita em campanhas públicas ou clínicas privadas.
Anual Tosse dos Canis (BronchiGuard ou Pneumodog) Recomendado para cães que frequentam hotéis, pet shops, creches.
Semestral a Anual Vacina contra Giárdia Importante para ambientes com muitos cães ou água contaminada.
Avaliação individual Leishmaniose (Leish-Tec) Indicada em regiões endêmicas. Requer sorologia prévia.

🧓 Vacinação para Cães Idosos (a partir dos 7 anos)

Cães idosos podem ter resposta imune mais lenta e, por isso, os reforços continuam sendo importantes.

Frequência Vacina Observação
Anual V8 ou V10 Avaliar o estado de saúde antes de aplicar.
Anual Antirrábica Continua sendo obrigatória.
Opcional Tosse dos Canis, Giárdia, Leishmaniose Conforme estilo de vida e saúde geral do cão.

⚠️ Atenção: cães idosos com comorbidades (diabetes, doenças cardíacas, renais) devem ser avaliados por um veterinário antes de serem vacinados.


💉 Tipos de Vacinas: Entenda as Diferenças

  • Vacinas Polivalentes (V6, V8, V10):

    • A V8 e a V10 são as mais comuns no Brasil.

    • A V10 protege contra mais sorovares da leptospirose do que a V8.

  • Vacinas Essenciais (core):

    • V8/V10 e antirrábica.

    • São obrigatórias para todos os cães, independentemente do estilo de vida.

  • Vacinas Não-Essenciais (non-core):

    • Tosse dos canis, giárdia, leishmaniose.

    • Indicadas conforme exposição e região geográfica.

  • Vacinas Importadas vs Nacionais:

    • As importadas geralmente têm maior eficácia e menor risco de reações adversas, mas custam mais.


📘 Carteirinha de Vacinação

A carteirinha é o documento oficial de controle vacinal do seu cão. Nela devem constar:

  • Nome e número do lote das vacinas.

  • Data da aplicação e próxima dose.

  • Nome e assinatura do médico veterinário.

  • Selo do fabricante da vacina.

💡 Mantenha a carteirinha atualizada: ela pode ser exigida em viagens, hospedagens e consultas.


🩺 Quando Evitar Vacinar?

  • Cães doentes, com febre ou diarreia.

  • Durante tratamento com corticoides ou quimioterapia.

  • Fêmeas prenhas (a menos que o veterinário recomende).

  • Animais muito debilitados ou com idade muito avançada (caso a caso).


✅ Dicas Finais

  • Sempre vacine seu cão com um médico veterinário.

  • Evite vacinas aplicadas em pet shops sem acompanhamento profissional.

  • Após a vacinação, observe seu cão por 24 a 48 horas para detectar possíveis reações.

  • Reações leves como sonolência e dor local são normais. Febre alta, vômito ou inchaços exigem retorno ao veterinário.


🐕💉 Conclusão

Vacinar seu cão é um ato de amor e responsabilidade. Com o calendário em dia, você protege não só a saúde do seu amigo de quatro patas, mas também a de toda a comunidade. Independentemente da idade, sempre haverá uma vacina indicada para manter seu pet seguro.


  Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊


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As 10 Doenças Mais Comuns em Cães e Gatos e Como Preveni-las | Dr. Roque Antônio de Almeida Junior

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🐾 As 10 Doenças Mais Comuns em Cães e Gatos e Como Preveni-las 

Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

A saúde dos pets é uma das maiores preocupações dos tutores responsáveis. Assim como os humanos, cães e gatos também podem sofrer com diversas doenças ao longo da vida. Algumas delas são evitáveis com cuidados simples, como vacinação, higiene e visitas regulares ao veterinário. Confira a seguir as 10 doenças mais comuns em cães e gatos e como preveni-las.

                                                


🐶 Cães

1. Cinomose

  • O que é: Vírus altamente contagioso que afeta o sistema respiratório, gastrointestinal e nervoso.

  • Prevenção: Vacinação obrigatória (V8 ou V10) a partir de 6 semanas de vida. Evitar contato com animais não vacinados.

2. Parvovirose

  • O que é: Doença viral grave que causa vômitos e diarreia severa.

  • Prevenção: Vacinação precoce e reforços anuais. Evitar locais públicos antes da vacinação completa.

3. Otite

  • O que é: Inflamação do ouvido, geralmente causada por bactérias, fungos ou ácaros.

  • Prevenção: Limpeza regular das orelhas, manter o ouvido seco e visitas regulares ao veterinário.

4. Leptospirose

  • O que é: Doença bacteriana transmitida pela urina de ratos e água contaminada.

  • Prevenção: Vacinação anual e evitar contato com águas paradas.

5. Verminoses

  • O que é: Infestação por vermes intestinais que podem causar anemia, vômitos e fraqueza.

  • Prevenção: Vermifugação periódica conforme orientação veterinária.



🐱 Gatos

6. Doença Renal Crônica

  • O que é: Degeneração progressiva dos rins, comum em gatos idosos.

  • Prevenção: Alimentação balanceada, hidratação adequada e check-ups regulares com exames de sangue e urina.

7. FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina)

  • O que é: Semelhante ao HIV humano, afeta o sistema imunológico.

  • Prevenção: Evitar brigas entre gatos (transmissão por mordidas) e manter gatos dentro de casa.

8. FeLV (Leucemia Viral Felina)

  • O que é: Vírus que compromete o sistema imunológico e pode levar a câncer.

  • Prevenção: Vacinação, evitar contato com gatos infectados e manter o pet em ambiente seguro.

9. Toxoplasmose

  • O que é: Infecção causada por protozoário, pode afetar também humanos.

  • Prevenção: Higiene na caixa de areia, alimentação com ração de qualidade (evitar carnes cruas).

10. Pulgas e Carrapatos

  • O que é: Parasitas externos que causam coceira, alergias e podem transmitir doenças.

  • Prevenção: Uso regular de antipulgas e carrapaticidas, limpeza do ambiente e escovação frequente.


🩺 Dicas Gerais de Prevenção

  • Mantenha a carteira de vacinação atualizada.

  • Realize consultas veterinárias periódicas (pelo menos uma vez ao ano).

  • Ofereça alimentação de qualidade.

  • Promova atividades físicas e mentais.

  • Evite contato com animais doentes ou desconhecidos.


Cuidar da saúde dos seus pets é um ato de amor que garante uma vida longa e feliz ao lado deles. Prevenir é sempre o melhor remédio!



Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

As 10 Doenças Mais Comuns em Cães e Gatos e Como Preveni-las | Dr. Roque Antônio de Almeida Junior Médico Veterinário Mogi das Cruzes
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Adenocarcinoma Ceruminoso Canino: Revisão Atualizada da Abordagem Diagnóstica e Terapêutica

 Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶


Adenocarcinoma Ceruminoso Canino: Revisão Atualizada da Abordagem Diagnóstica e Terapêutica

Roque Antônio de Almeida Júnior, CRMV-SP 23098
Médico Veterinário – Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais


Resumo

O adenocarcinoma ceruminoso é uma neoplasia maligna originada das glândulas apócrinas modificadas do conduto auditivo externo canino. Embora raro, representa o tumor maligno mais comum do canal auditivo externo. O presente artigo revisa aspectos clínicos, histológicos e terapêuticos, com ênfase no estadiamento, diagnóstico diferencial, técnicas cirúrgicas e prognóstico. A exérese cirúrgica ampla com ablação total do conduto auditivo (TECA) associada à osteotomia da bulla timpânica é o tratamento de escolha, especialmente em casos com otite média ou invasão óssea.





1. Introdução

As glândulas ceruminosas, localizadas na porção cartilaginosa do canal auditivo, são glândulas sudoríparas apócrinas modificadas. Seu produto, o cerúmen, atua na defesa do canal auditivo. O adenocarcinoma ceruminoso representa a malignização de sua proliferação celular, muitas vezes precedida de otite externa crônica.


2. Epidemiologia e Fatores de Risco

Acomete principalmente cães de meia-idade a idosos (média de 9 a 12 anos), sem predileção sexual definida. Cocker Spaniels e Poodles são frequentemente afetados. Otite crônica é o principal fator predisponente.


3. Quadro Clínico

Os sinais clínicos são muitas vezes confundidos com otites recidivantes. São eles:

  • Otorreia fétida e ceruminosa

  • Dor à manipulação

  • Presença de massa visível

  • Prurido e eritema

  • Síndrome vestibular periférica (avançado)

  • Linfadenomegalia regional


4. Diagnóstico

4.1 Otoscopia

Visualização direta de massa, inflamação e secreção.

4.2 Imagem

  • TC de crânio: mostra invasão óssea e extensão do tumor

  • RM: útil para invasão intracraniana e avaliação de tecidos moles

  • Radiografias: limitadas, mas podem indicar osteólise

4.3 Citologia e Histopatologia

  • A citologia aspirativa raramente é conclusiva.

  • A biópsia incisional é indicada para histopatologia com HE e imuno-histoquímica (CK7+, CK14+).

  • Características histológicas:

    • Células epiteliais com pleomorfismo

    • Núcleos hipercromáticos, figuras mitóticas frequentes

    • Infiltração de tecidos adjacentes

    • Estruturas tubulares, papilares ou sólidas

Imagem Histológica (HE)

Descrição visual: epitélio glandular formando arranjos acinares irregulares, com estroma colagenoso e inflamação peritumoral. 


5. Estadiamento e Prognóstico

  • Avaliação de linfonodos regionais (citologia ou biópsia)

  • TC torácica para rastreio de metástase (rara)

  • Prognóstico reservado, com alto índice de recidiva local


6. Diagnóstico Diferencial

  • Adenoma ceruminoso

  • Hiperplasia glandular benigna

  • Carcinoma de células escamosas

  • Papilomas

  • Otite granulomatosa


7. Tratamento

7.1 Cirurgia: Protocolo TECA-LBO

Indicação

  • Tumores com invasão profunda

  • Otite média associada

  • Falha de exérese local

Passo a passo cirúrgico

  1. Anestesia geral e antibiótico profilático (cefalosporina de 1ª geração)

  2. Posicionamento lateral do cão

  3. Incisão em forma de “Y” retroauricular

  4. Dissecção do conduto auditivo até a cartilagem anular

  5. Ligadura da artéria auricular posterior

  6. Ressecção total do conduto auditivo externo

  7. Abertura da bulla timpânica com curetagem do epitélio interno

  8. Lavagem com solução salina estéril

  9. Fechamento em camadas com dreno de Penrose, se necessário

  10. Pós-operatório com AINEs e antibióticos

7.2 Radioterapia

Adjuvante nos casos com margens não-limpas

7.3 Quimioterapia

Considerada apenas para metástase

  • Doxorrubicina (30 mg/m² IV a cada 3 semanas)

  • Carboplatina (300 mg/m² IV a cada 3 semanas)


8. Considerações Finais

O adenocarcinoma ceruminoso em cães é uma entidade clínica que exige alto grau de suspeição. Sua semelhança com otites comuns pode atrasar o diagnóstico. A abordagem cirúrgica radical é, até o momento, a opção mais eficaz para o controle local da doença.


Referências

  1. Meuten DJ. Tumors in Domestic Animals. 5th ed. Wiley-Blackwell; 2017.

  2. Gross TL et al. Skin Diseases of the Dog and Cat. Clinical and Histopathologic Diagnosis. 2nd ed. Blackwell Publishing; 2005.

  3. Lamb CR. Imaging ear disease in small animals. Vet Radiol Ultrasound. 1996;37(1):4-11.

  4. Platt SR et al. Brain and spinal cord neoplasia in dogs. Vet Clin North Am Small Anim Pract. 2004;34(1):129-50.

  5. Thompson DJ et al. Ceruminous gland tumors in 17 dogs. Vet Pathol. 2004;41(2):123–126.


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Hemotórax em Cães e Gatos: O Que É, Sinais de Alerta e Quando Procurar o Veterinário

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Hemotórax em Cães e Gatos: O Que É, Sinais de Alerta e Quando Procurar o Veterinário

Você já ouviu falar em hemotórax? Esse nome pode parecer estranho, mas representa uma emergência grave que pode colocar a vida do seu pet em risco. Saber reconhecer os sinais e agir rápido pode fazer toda a diferença.

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🩸 O que é Hemotórax?

O hemotórax é o acúmulo de sangue dentro do tórax, mais especificamente na cavidade pleural, onde ficam os pulmões. Esse acúmulo de sangue atrapalha a respiração do animal e pode levá-lo rapidamente à insuficiência respiratória.

Entre as principais causas estão:

  • Acidentes (como atropelamentos ou quedas)

  • Tumores

  • Intoxicações

  • Problemas na coagulação do sangue

⚠️ Sintomas que Devem Acender o Alerta

Se o seu cão ou gato apresentar qualquer um dos sintomas abaixo, procure atendimento veterinário imediatamente:

  • Respiração rápida ou difícil

  • Cansaço extremo

  • Gengivas pálidas ou arroxeadas

  • Falta de ar

  • Desmaios ou fraqueza repentina

  • Comportamento apático ou letárgico

Esses sinais podem indicar que o pulmão não está conseguindo expandir corretamente por causa do sangue acumulado.

🏥 O que é feito no tratamento?

O tratamento depende da causa, mas geralmente inclui:

  • Estabilização do paciente

  • Retirada do sangue do tórax com técnicas específicas

  • Controle da causa do sangramento

  • Exames complementares como raio-x, ultrassom e exames laboratoriais

  • Em alguns casos, pode ser necessário cirurgia

Quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as chances de recuperação.


📚 Quer entender melhor essa condição?

No meu blog, publiquei um artigo técnico e completo sobre Hemotórax em Cães e Gatos: Abordagem Clínica, Diagnóstico e Tratamento, ideal para quem busca um conteúdo aprofundado ou é estudante/profissional da área.

👉 Hemotórax em Cães e Gatos: Abordagem Clínica, Diagnóstico e Tratamento

👨‍⚕️ Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior – CRMV 23098
📍 Atendimentos veterinários em domicílio – Mogi das Cruzes, Suzano e região



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Distúrbios Respiratórios em Pequenos Animais Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶

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Distúrbios Respiratórios em Pequenos Animais: Abordagem Técnica sobre Dispneia, Taquipneia e Respiração Ofegante em Cães e Gatos

Dr. Roque Antônio de Almeida Júnior – Médico Veterinário – CRMV 23098
www.doutordosanimais.com.br
@roque_junior_veterinario



Resumo

Distúrbios respiratórios são queixas comuns na clínica de pequenos animais e podem representar desde alterações benignas até emergências graves. Entre as manifestações clínicas mais frequentemente observadas estão a dispneia, taquipneia e a respiração ofegante. O reconhecimento precoce e a diferenciação desses sinais são essenciais para o diagnóstico preciso e o manejo adequado. Este artigo apresenta uma abordagem técnica sobre essas alterações, suas principais causas, métodos diagnósticos e condutas recomendadas na rotina veterinária.


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1. Introdução

A avaliação da função respiratória em cães e gatos exige atenção redobrada, pois alterações no padrão respiratório podem ser os primeiros sinais de doenças graves. Termos como dispneia, taquipneia e respiração ofegante são frequentemente usados, mas exigem definições precisas para uma comunicação clínica eficiente e adequada tomada de decisão.


2. Definições e Diferenças Clínicas

2.1 Dispneia
Dispneia é definida como a dificuldade respiratória perceptível, geralmente associada a esforço visível, uso de musculatura acessória e desconforto do animal. Pode ser inspiratória, expiratória ou mista, dependendo da localização da obstrução ou disfunção.

2.2 Taquipneia
Taquipneia é caracterizada por aumento da frequência respiratória, sem necessariamente estar associada a esforço ou desconforto evidente. É um sinal precoce de hipóxia, acidose metabólica, dor, febre ou estresse.

2.3 Respiração Ofegante
A respiração ofegante, muitas vezes confundida com taquipneia, envolve respiração superficial, acelerada e geralmente acompanhada de bocejos, boca aberta e ruídos, sendo comum em situações de estresse térmico, dor ou insuficiência cardíaca.


3. Etiologias Comuns

Causa Dispneia Taquipneia Respiração Ofegante
Doenças cardíacas
Doenças pulmonares
Obstruções de vias aéreas
Dor ou estresse
Hipotermia/hipertermia
Anemia ou hipóxia

4. Diagnóstico Diferencial

A anamnese e o exame físico são fundamentais. Atenção especial deve ser dada a:

  • Sons respiratórios (estridor, roncos, estertores)

  • Cor da mucosa (cianose, palidez)

  • Presença de secreções nasais ou tosse

  • Postura ortopneica

  • Sinais de esforço respiratório

Exames complementares indicados incluem:

  • Radiografia torácica

  • Hemogasometria

  • Ecocardiograma

  • Hemograma completo

  • Oximetria de pulso

  • Endoscopia (em casos de obstrução alta)


5. Condutas e Tratamento

Dispneia: é considerada emergência clínica. O manejo imediato inclui:

  • Oxigenioterapia (máscara, tenda ou cateter)

  • Minimizar o estresse (ambiente calmo e escuro)

  • Medicação específica conforme etiologia (diuréticos, broncodilatadores, anti-inflamatórios)

Taquipneia: requer investigação das causas sistêmicas. Pode ser tratada com:

  • Analgesia

  • Controle de temperatura

  • Suporte circulatório

Respiração Ofegante: pode requerer desde suporte sintomático (resfriamento, analgesia) até intervenção específica (drenagem de tórax, tratamento cardíaco).


6. Considerações Finais

O reconhecimento precoce dos padrões respiratórios alterados permite intervenções mais eficazes e pode salvar vidas. Veterinários clínicos devem estar preparados para diferenciar os sinais e agir com rapidez, utilizando todos os recursos diagnósticos disponíveis. A educação do tutor sobre sinais de alerta respiratórios também é essencial para promover a detecção precoce e o encaminhamento imediato.


Referências Bibliográficas

  1. Tilley, L. P., & Smith, F. W. K. (2016). Manual de Cardiologia Veterinária para Pequenos Animais. Roca.

  2. Ettinger, S. J., & Feldman, E. C. (2017). Tratado de Medicina Interna Veterinária – Doenças do Cão e do Gato. Elsevier.

  3. King, L. G. (2013). Texto de Urgências e Emergências em Pequenos Animais. Manole.


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Conjuntivite Infecciosa Felina: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção

 


Conjuntivite Infecciosa Felina: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção

A conjuntivite é uma das queixas oftálmicas mais comuns nos atendimentos veterinários de felinos. Quando de origem infecciosa, o quadro se agrava pela facilidade de disseminação entre os animais e o risco de coinfecções com múltiplos agentes patogênicos.




🔍 O Que é a Conjuntivite Infecciosa Felina?

É a inflamação da conjuntiva ocular causada por patógenos, principalmente:

  • Chlamydophila felis

  • Herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1)

  • Calicivírus felino

  • Mycoplasma spp.

Geralmente, acomete gatinhos jovens e animais em ambientes coletivos, como gatis, abrigos e lares com múltiplos pets.


🐾 Sinais Clínicos Comuns

  • Olhos vermelhos e lacrimejantes

  • Secreção ocular (serosa, mucosa ou purulenta)

  • Piscar excessivo (blefaroespasmo)

  • Edema conjuntival (quemoses)

  • Espirros e corrimento nasal (em coinfecções respiratórias)

É comum que a infecção comece em um olho e, em poucos dias, afete o outro.


🧪 Diagnóstico Diferencial

Como vários agentes causam sinais semelhantes, o diagnóstico preciso exige:

  • Citologia (presença de corpos elementares)

  • PCR (confirmação genética do agente)

  • Testes rápidos combinados (painéis respiratórios felinos)

O diagnóstico clínico isolado pode levar a tratamentos ineficazes ou incompletos.


💊 Tratamento da Conjuntivite Infecciosa

O tratamento varia conforme o agente causador:

  • Chlamydophila felis:
    ✔ Doxiciclina oral por 3–4 semanas
    ✔ Pomadas oftálmicas antibióticas

  • FHV-1:
    ✔ Antivirais (famciclovir)
    ✔ L-lisina como suplemento coadjuvante

  • Mycoplasma spp.:
    ✔ Também responde bem à doxiciclina

Importante: nunca interrompa o tratamento antes do tempo indicado, mesmo que os sintomas melhorem rapidamente.


🛡️ Prevenção é a Melhor Estratégia

  • Vacinação anual com vacinas múltiplas que incluam Chlamydophila felis e FHV-1

  • Ambientes higienizados e com boa ventilação

  • Evitar aglomerações de gatos sem triagem de saúde

  • Isolamento de animais sintomáticos


⚠️ Zoonose? Precisa se preocupar?

Embora raro, Chlamydophila felis pode causar conjuntivite em humanos, principalmente imunossuprimidos. A higiene ao manipular gatos doentes é fundamental.


📎 Quer saber mais sobre Chlamydophila felis?

👉 Leia o artigo completo no meu site:
Chlamydophila felis: Uma Visão Atual sobre a Infecção Ocular Felina


📌 Conclusão

A conjuntivite infecciosa felina exige atenção profissional. O diagnóstico precoce, a identificação do agente e a escolha adequada do tratamento são fundamentais para o sucesso terapêutico e o controle da disseminação. Cuidar da saúde ocular do seu gato é também garantir o bem-estar dele como um todo.


Conjuntivite Infecciosa Felina: Causas, Sintomas e Tratamento nos Gatos


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Dispneia em Cães e Gatos: Quando a Respiração do Seu Pet Precisa de Atenção.

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A respiração é um dos sinais vitais mais importantes para a saúde dos nossos pets. Quando cães ou gatos apresentam dificuldade para respirar, isso pode ser um sinal de alerta. Essa condição é chamada de dispneia e merece atenção imediata.



O que é a dispneia?

Dispneia é o termo médico usado para descrever a dificuldade ou esforço anormal para respirar. Isso pode acontecer em qualquer fase da respiração — na inspiração (quando o animal puxa o ar), na expiração (quando solta o ar), ou em ambas.

Quais os sinais de dispneia em cães e gatos?

Alguns sinais podem indicar que o seu pet está com dificuldades respiratórias:

  • Respiração acelerada ou ofegante mesmo em repouso

  • Barulhos ao respirar, como chiados ou roncos

  • Narinas muito abertas durante a respiração

  • Pescoço esticado ou boca aberta tentando puxar o ar

  • Língua ou gengivas com coloração azulada (cianose)

  • Cansaço fácil, recusa para brincar ou se movimentar

  • Postura incomum, como manter as patas da frente afastadas para facilitar a respiração

Esses sintomas devem ser observados com atenção, pois podem evoluir rapidamente e colocar a vida do animal em risco.

O que pode causar dispneia em cães e gatos?

A dificuldade respiratória pode ter várias causas, e o diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico veterinário. Algumas causas comuns incluem:

  • Doenças respiratórias: como bronquite, pneumonia, asma felina, colapso de traqueia

  • Problemas cardíacos: como insuficiência cardíaca congestiva

  • Obstruções nas vias aéreas: corpos estranhos, tumores, inflamações

  • Traumas: atropelamentos, quedas ou pancadas podem afetar o pulmão ou a caixa torácica

  • Doenças infecciosas: como cinomose, rinotraqueíte ou gripe canina

  • Envenenamentos ou reações alérgicas graves

O que fazer ao notar dispneia no seu pet?

👉 Procure imediatamente um veterinário. A dispneia nunca deve ser ignorada, pois pode indicar uma emergência. Evite tentar medicar o animal por conta própria — isso pode piorar a situação.

👉 Mantenha o pet calmo. O estresse pode agravar a respiração. Deixe-o em um ambiente fresco, sem barulhos e sem forçá-lo a se mover.

👉 Evite transporte desnecessário. Se possível, peça atendimento veterinário domiciliar para evitar o estresse do deslocamento.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

O veterinário avaliará os sinais clínicos e pode solicitar exames como raio-X, ultrassonografia, exames de sangue ou ecocardiograma, dependendo da suspeita clínica. O tratamento vai depender da causa: pode envolver medicações, oxigenoterapia, drenagem de líquidos, cirurgia ou cuidados intensivos.

Existe prevenção?

Em alguns casos, sim! Manter o pet com a vacinação em dia, protegê-lo de traumas, evitar exposição ao calor excessivo, poluição, e visitas regulares ao veterinário ajudam a prevenir várias causas de dispneia.


Fique atento: seu pet não pode te dizer com palavras que está com falta de ar, mas o corpo dele mostra sinais. Saber reconhecer esses sinais pode salvar vidas.


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Um Tratamento Eficiente Para Diversas Doenças Veterinárias!

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N-Acetilcisteína (NAC) na Medicina Veterinária: Indicações e Benefícios

 

A N-acetilcisteína (NAC) é um derivado do aminoácido L-cisteína, amplamente utilizada na medicina veterinária devido às suas propriedades mucolíticas, antioxidantes e hepatoprotetoras. Seu mecanismo de ação envolve a quebra das ligações das mucoproteínas, tornando o muco mais fluido e facilitando sua eliminação, além de atuar na reposição do glutationa, um antioxidante essencial para a proteção celular.



Indicações da N-acetilcisteína em Animais

A NAC é utilizada em diferentes situações clínicas na medicina veterinária, incluindo:

1. Doenças Respiratórias

Devido ao seu efeito mucolítico, a NAC é frequentemente indicada para o tratamento de doenças respiratórias que envolvem acúmulo excessivo de muco, como:

  • Bronquite

  • Pneumonia

  • Traqueobronquite infecciosa (tosse dos canis)

  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em equinos

2. Intoxicações e Hepatopatias

A NAC é um dos principais antídotos na intoxicação por paracetamol em cães e gatos, ajudando a restaurar os níveis de glutationa hepática. Também é usada como protetora hepática em casos de:

  • Insuficiência hepática

  • Hepatites tóxicas

  • Intoxicações por agentes oxidantes

3. Uso como Antioxidante

A capacidade antioxidante da NAC é explorada para:

  • Redução do estresse oxidativo em doenças crônicas

  • Suporte no tratamento de doenças neurológicas e degenerativas

  • Auxílio na recuperação de tecidos lesionados

4. Suporte em Oftalmologia Veterinária

A NAC também pode ser utilizada no tratamento de algumas doenças oculares, como:

  • Ceratoconjuntivite seca (olho seco)

  • Úlceras de córnea com componente inflamatório

Administração e Dosagem

A NAC pode ser administrada por via oral, intravenosa ou inalatória, dependendo da condição tratada. As doses variam de acordo com a espécie e o quadro clínico, sendo essencial a prescrição e o acompanhamento por um médico veterinário.

Efeitos Colaterais e Contraindicações

A NAC é geralmente bem tolerada, mas pode causar efeitos adversos em alguns animais, como:

  • Náuseas e vômitos (especialmente na administração oral)

  • Reações alérgicas raras

  • Broncoespasmo em animais com sensibilidade respiratória

A administração intravenosa deve ser feita com cautela e em infusão lenta para evitar reações adversas.

Conclusão

A N-acetilcisteína (NAC) é uma substância versátil e de grande importância na medicina veterinária, sendo utilizada para o tratamento de doenças respiratórias, hepáticas, intoxicações e como antioxidante. Seu uso deve ser sempre orientado por um veterinário para garantir segurança e eficácia no tratamento.


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Otite em Cães: Como Identificar e Tratar o Problema de Ouvidos

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 Otite em Cães: Causas, Sintomas e Como Tratar

A otite em cães é uma condição comum que afeta os ouvidos dos nossos pets, podendo causar desconforto significativo e, se não tratada corretamente, levar a complicações mais graves. Como tutores de animais, é essencial estar atento aos sinais dessa doença para proporcionar o alívio necessário ao seu amigo peludo.



O que é Otite?

A otite canina é uma inflamação do ouvido, geralmente dividida em três tipos: otite externa (que afeta a parte externa do ouvido), otite média (que atinge a região do tímpano) e otite interna (que pode atingir as estruturas internas do ouvido). A forma mais comum é a otite externa.

Causas da Otite em Cães

A otite pode ser causada por diversos fatores, incluindo:

  1. Infecções bacterianas ou fúngicas: As infecções são as causas mais frequentes de otite, e o ambiente úmido dentro do ouvido do cão pode ser um terreno fértil para o crescimento de bactérias e fungos.

  2. Alergias: Alergias alimentares ou ambientais podem contribuir para a inflamação do ouvido, causando a otite.

  3. Presença de ácaros ou parasitas: O acúmulo de ácaros no ouvido pode causar irritação e inflamação.

  4. Corpo estranho no ouvido: Às vezes, os cães podem colocar objetos ou sujeira no ouvido durante brincadeiras ao ar livre, o que pode resultar em otite.

  5. Excesso de cera: A produção excessiva de cera no ouvido do animal também pode contribuir para o desenvolvimento da condição.

Sintomas da Otite em Cães

Fique atento aos sinais de otite em seu cachorro. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Coceira intensa nos ouvidos

  • Sacudir a cabeça constantemente

  • Inclinar a cabeça para um lado

  • Vermelhidão ou inchaço na parte externa do ouvido

  • Mau odor no ouvido

  • Secreção ou secreções anormais

  • Dor ao tocar o ouvido

Como Prevenir a Otite?

Embora não seja possível prevenir totalmente a otite, algumas práticas podem ajudar a reduzir o risco:

  • Higiene regular dos ouvidos: Limpar os ouvidos do seu cão com produtos apropriados e indicados pelo veterinário ajuda a evitar o acúmulo de sujeira e cera.

  • Evitar banhos frequentes ou em locais úmidos: Se o seu cão tem tendência a desenvolver otite, evite banhos excessivos e certifique-se de secar bem os ouvidos após atividades aquáticas.

  • Monitorar alergias: Se o seu cachorro sofre de alergias, consulte seu veterinário para controlar a condição e prevenir problemas no ouvido.

Como Tratar a Otite em Cães?

Se o seu cão apresentar sintomas de otite, é importante procurar um veterinário o mais rápido possível. O tratamento pode variar dependendo da gravidade e da causa da condição, mas geralmente envolve:

  • Antibióticos ou antifúngicos: Para tratar infecções bacterianas ou fúngicas.

  • Medicamentos para alergias: Se a causa for uma reação alérgica, o veterinário pode recomendar antihistamínicos ou outros tratamentos.

  • Limpeza do ouvido: O veterinário pode realizar uma limpeza adequada para remover o excesso de cera ou secreções.

  • Analgésicos: Para aliviar a dor, se necessário.

Conclusão

A otite é uma condição tratável, mas é fundamental diagnosticar e tratar o problema o quanto antes para evitar complicações. Mantenha a saúde auditiva do seu cão em dia e, ao perceber qualquer sinal de desconforto, busque a orientação de um profissional veterinário. O cuidado preventivo é essencial para a saúde geral do seu pet, e, com a atenção adequada, a otite pode ser controlada de forma eficaz.


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Administração Transdérmica de Gabapentina – Uma Solução Prática para o Manejo de Gatos 🐱✨"

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 "Administração Transdérmica de Gabapentina – Uma Solução Prática para o Manejo de Gatos 🐱✨"



 A administração transdérmica de gabapentina tem se mostrado uma alternativa valiosa no manejo de gatos, especialmente para aqueles que apresentam dificuldade em tomar medicamentos por via oral.

Por que a via transdérmica é uma boa opção para gatos?

Gatos costumam ser mais resistentes à administração de medicamentos por via oral, podendo apresentar estresse significativo ao serem medicados. A formulação transdérmica permite a absorção do fármaco pela pele, facilitando o tratamento sem causar desconforto ao animal e ao tutor.

Indicações da Gabapentina Transdérmica para Gatos

  • Redução do estresse e medo antes de consultas veterinárias
  • Manejo da dor crônica (neuropática, artrite, etc.)
  • Uso como sedação leve para exames e procedimentos minimamente invasivos

Como é administrada?

A gabapentina transdérmica é geralmente manipulada em farmácias veterinárias e aplicada na pele fina da face interna da orelha (pavilhão auricular), onde ocorre a absorção.

Vantagens

✅ Menos estresse para o gato e o tutor
✅ Alternativa viável para animais que recusam comprimidos ou cápsulas
✅ Pode proporcionar uma absorção mais gradual e estável

Desafios e Considerações

⚠️ A absorção transdérmica pode ser menos previsível do que a via oral, exigindo ajustes na dosagem
⚠️ Pode haver resíduos na pele, o que exige cuidado ao manusear o gato
⚠️ A eficácia pode variar de acordo com o veículo utilizado para a formulação transdérmica

A consulta com um veterinário é essencial para definir a dosagem e a viabilidade do uso transdérmico em cada caso. Essa via de administração pode ser um diferencial no atendimento Fear Free, garantindo maior bem-estar para o felino.

 😊🐱



Gabapentina: Um Aliado para Reduzir o Medo e a Ansiedade em Cães e Gatos 🐶🐱✨"



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