Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶
🐾 Osteoartrite em Cães: Diagnóstico, Manejo e Novas Terapias para Alívio da Dor
A osteoartrite em cães é uma doença degenerativa que compromete mobilidade e bem-estar. Descubra sinais, diagnóstico, manejo clínico e terapias modernas como bedinvetmab para dar qualidade de vida ao seu pet.
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Introdução
A osteoartrite, também conhecida como doença articular degenerativa, é uma das condições mais frequentes em cães de meia-idade e idosos. Afeta principalmente articulações como quadris, joelhos e cotovelos, levando à dor crônica, inflamação e perda progressiva da mobilidade.
Segundo estudos recentes, estima-se que 1 em cada 5 cães acima dos 7 anos de idade apresente sinais de osteoartrite, muitas vezes confundidos com “envelhecimento normal”. Porém, a doença tem impacto direto no bem-estar, e com diagnóstico precoce e manejo adequado é possível garantir uma vida longa e ativa ao animal.
Sintomas e Sinais Clínicos
Os tutores geralmente descrevem mudanças sutis no comportamento e rotina do cão. Entre os principais sinais estão:
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Claudicação (manqueira) intermitente ou contínua.
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Rigidez articular, principalmente após repouso.
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Dificuldade para subir escadas, pular no sofá ou entrar no carro.
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Redução do interesse por passeios e brincadeiras.
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Alterações de humor, como irritabilidade ou isolamento.
⚠️ É comum que os tutores acreditem que o cão está apenas “ficando velho”. Reconhecer a diferença entre envelhecimento fisiológico e doença degenerativa é o primeiro passo para oferecer qualidade de vida.
Diagnóstico
O diagnóstico da osteoartrite é clínico e complementar, envolvendo:
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Exame físico: avaliação da amplitude de movimento, dor à palpação, crepitação articular.
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Exames de imagem: radiografias revelam alterações ósseas e remodelação articular. A ultrassonografia e a ressonância magnética podem complementar em casos complexos.
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Histórico clínico: relatos de episódios de dor, quedas, mudanças de rotina e resposta a anti-inflamatórios ajudam na suspeita diagnóstica.
Manejo Terapêutico — O Tripé do Tratamento
O tratamento da osteoartrite deve ser individualizado, mas há três pilares fundamentais:
1. Controle de Peso Corporal
A obesidade é um fator agravante. Reduzir o peso corporal em 10–15% pode melhorar significativamente a mobilidade.
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Dietas específicas para controle de peso são recomendadas.
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Reforçar o uso de petiscos saudáveis e em menor quantidade.
2. Exercícios e Fisioterapia
Atividade física controlada é essencial.
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Caminhadas leves e regulares (15–20 min, 2x/dia).
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Hidroterapia (natação assistida), que reduz impacto e fortalece musculatura.
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Fisioterapia com laser, ultrassom terapêutico e exercícios de propriocepção.
3. Terapias Farmacológicas e Suplementação
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Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): carprofeno, meloxicam e outros — prescritos pelo médico-veterinário.
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Suplementos nutricionais: condroitina, glicosamina e ácidos graxos ômega-3 apresentam benefícios no suporte articular.
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Analgesia multimodal: pode incluir gabapentina ou tramadol em casos de dor intensa.
Terapias Inovadoras: O Bedinvetmab
O bedinvetmab é um anticorpo monoclonal desenvolvido especificamente para cães. Sua ação bloqueia o Fator de Crescimento Nervoso (NGF), uma molécula envolvida na transmissão da dor.
Estudos recentes apontam que cães tratados com bedinvetmab apresentam:
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Redução significativa da dor articular.
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Melhora da mobilidade e disposição.
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Boa tolerância e segurança em uso prolongado.
Essa terapia representa uma nova fronteira no manejo da dor crônica em cães, especialmente para casos refratários ao tratamento convencional.
Caso Clínico Ilustrativo
Paciente: Labrador Retriever, 10 anos, 36 kg.
Histórico: claudicação intermitente no quadril direito, perda de interesse em caminhadas.
Conduta: plano integrado com dieta de controle de peso, hidroterapia supervisionada e administração mensal de bedinvetmab.
Resultado: em 8 semanas, o paciente apresentou melhora de 50% no escore de dor e voltou a realizar caminhadas diárias com a família.
Orientações Práticas para Tutores
📌 O que você pode começar a fazer hoje:
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Pese seu cão semanalmente e registre os valores.
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Observe mudanças sutis na locomoção e disposição.
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Estimule atividades leves e regulares, evitando esforços bruscos.
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Agende avaliação veterinária para exames clínicos e radiográficos.
Conclusão
A osteoartrite não deve ser vista como um “destino inevitável da idade”, mas como uma condição tratável. Com diagnóstico precoce, manejo multimodal e terapias modernas, é possível oferecer qualidade de vida, conforto e longevidade aos cães.
👨⚕️ Como médico-veterinário, atuo em consultas domiciliares em Mogi das Cruzes e Suzano, com foco em prevenção, diagnóstico e manejo personalizado da dor crônica em animais. Se o seu cão apresenta sinais de osteoartrite, entre em contato e vamos juntos elaborar um plano terapêutico adequado.
👉 Dr. Roque Antônio de Almeida Junior CRMV 23098 😊🐶